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Obras do Data Center do TikTok começam em seis meses, diz Silveira
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Obras do Data Center do TikTok começam em seis meses, diz Silveira

| Ceará|Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou que a estratégia nacional é consolidar o País como polo global de tecnologia
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ALEXANDRE Silveira destaca protagonismo do Brasil para atração de investimentos em data centers (Foto: Divulgação/MME)
Foto: Divulgação/MME ALEXANDRE Silveira destaca protagonismo do Brasil para atração de investimentos em data centers

Com a Medida Provisória do Redata, que cria uma série de estímulos para a atração de data centers no Brasil, as obras para recepcionar o projeto do Data Center do TikTok, no Ceará, devem começar em seis meses. A projeção foi dada pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira,  durante o Fórum Esfera em Belém (PA).

O projeto da Casa dos Ventos em parceria com a ByteDance, dona do TikTok, no município de Caucaia tem investimento estimado em R$ 50 bilhões. 

“Pelas nossas potencialidades e pelo que construímos e fortalecemos nos últimos anos, o Brasil se coloca com infraestrutura suficiente e com energia limpa e renovável. Por isso, assinamos a Medida Provisória do Redata, que cria uma série de estímulos para a atração de data centers, e um deles já anunciado no Ceará. Daqui a seis meses, teremos efetivamente obras para receber o data center do TikTok", afirmou.

O ministro reforça que o programa Redata, criado por meio de Medida Provisória assinada pelo presidente Lula em setembro, estabelece um novo marco de estímulos à instalação de data centers, com incentivos fiscais e logísticos atrelados a contrapartidas em pesquisa, desenvolvimento e geração de conteúdo local.

“Queremos que esses investimentos não sejam apenas pontos de armazenamento de informações, mas que também gerem emprego, renda e inovação tecnológica”, afirmou Silveira.

A meta é movimentar até R$ 2 trilhões em investimentos na próxima década, consolidando o país como potência da chamada Indústria 4.0.

Além do setor digital, o ministro ressaltou a importância da agenda de descarbonização da Amazônia, que prevê R$ 5 bilhões em investimentos até 2030 com o programa Energias da Amazônia.

O plano busca substituir o uso de óleo diesel em sistemas isolados por fontes renováveis, reduzindo custos e emissões. “Estamos descarbonizando o pulmão do planeta e levando desenvolvimento para a região”, pontuou.

A atração de Data Center para o Ceará é vista com grande expectativa pelo Governo do Estado. Já são pelo menos  sete projetos em negociação para instalação na Zona de Processamento de Exportação (ZPE) do Ceará, conforme adiantou no último dia 30 a coluna do jornalista do O POVO, Armando de Oliveira Lima.

A iniciativa, no entanto, vem sendo alvo de críticas de comunidades tradicionais e indígenas da etnia anacé, que representaram contra no Ministério Público. Eles alegam que a chegada do data center vai ampliar o problema da escassez de água e energia que já enfrentam, uma vez que esses são os dois principais recursos consumidos pelo empreendimento.

O governador Elmano de Freitas (PT), no entanto, tem rebatido as críticas argumentando que o Ceará dispõe da Utilitas - join venture formada pela Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), Marquise, GS Inima e PB Construções, criada para fornecer água de reuso para empreendimentos industriais.

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