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Robinson de Castro: Ceará pode se tornar o maior clube do Nordeste
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Robinson de Castro: Ceará pode se tornar o maior clube do Nordeste

Em entrevista ao programa Futebol do Povo, o presidente do Ceará diz que ainda vê o Vovô atrás do Bahia, mas projeta crescimento
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Robinson de Castro, presidente do Ceará
 (Foto: Mateus Dantas em 20/12/2017)
Foto: Mateus Dantas em 20/12/2017 Robinson de Castro, presidente do Ceará

Ambição e responsabilidade. As duas palavras se encaixam perfeitamente dentro do projeto do Ceará Sporting Club. Estruturado, responsável financeiramente e com resultados positivos no gramado, o Alvinegro do Porangabuçu traça o plano de se tornar a maior agremiação do Nordeste. Dentre as metas necessárias para a concretização desta ideia estão a permanência na Série A do Brasileiro e o crescimento do programa de sócios-torcedores.

Em entrevista exclusiva ao Futebol do Povo, o presidente do Ceará, Robinson de Castro, revelou as ambições do projeto do clube. Para o dirigente, o Bahia é a única agremiação à frente do Vovô no Nordeste. Para o mandatário, se o time do Porangabuçu tivesse tido acesso a cotas que outras equipes da Região tiveram no passado, o Alvinegro já estaria em posição de protagonismo há mais tempo.

De acordo com Robinson, Bahia, Sport-PE e Vitória-BA tiveram, mesmo não estando na Serie A, as mesmas cotas do Brasileirão durante "quase 30 anos", com injeção de dinheiro constante em caixa. "O projeto do Ceará é vencedor. Se nosso projeto tivesse tido essa oportunidade, nós éramos campeões do mundo, porque é muito dinheiro. (É impressionante) O que a gente faz com apenas quatro passagens (na Série A) e o resto do tempo estando na Série B com um orçamento bem menor", comparou.

"Hoje, considero o Bahia um pouco à frente por conta do orçamento. Não é por prática, por estrutura esportiva, dentro de campo, nada disso, embora nós temos uma vantagem porque nosso endividamento é de apenas R$ 8 milhões e o deles é de R$ 170 milhões", completou.

No clube desde 2008, Robinson já foi diretor de futebol e vice-presidente na gestão de Evandro Leitão, tendo conquistado ao todo dois acessos à Série A, seis títulos estaduais e uma Copa do Nordeste. Exerce a função de presidente desde 2015, tendo sido e reeleito em 2018. Neste ano, o Ceará deve fechar o quarto ano seguido de superávit, somando a maior receita da história, que pode chegar a R$ 90 milhões.

A folha salarial do elenco do Vovô em 2019, aproximadamente R$ 3 milhões, também é considerada a maior do clube na história. Recentemente, o Alvinegro conseguiu consolidar mudança de patamar na atuação no mercado da bola. Se anteriormente, o Ceará ficava restrito a contratos de empréstimos, hoje passou a comprar atletas. O time tem colhidos frutos de vendas lucrativas e chegou a faturar quase R$ 20 milhões com transferências de quatro jogadores.

Buscando profissionalizar ainda mais o clube, o Ceará firmou convênio com a Fundação Dom Cabral. "A gente estabeleceu algumas metas em todos os departamentos. No desportivo, eu gostaria de deixar o Ceará na 15ª posição do ranking CBF (na última publicação, o Vovô estava em 23º) ou chegar próximo de disputar um titulo nacional na Série A ou Copa do Brasil", salientou.

O presidente alvinegro reconhece que o Ceará precisa evoluir com "nosso torcedor e consumidor". O clube possui atualmente cerca de 15 mil sócios-torcedores. O planejamento é ter, pelo menos, 20 mil a 25 mil. "Isso a gente está devendo, mas o nosso torcedor também está devendo porque a quantidade de sócios que nós temos eu acho pouco pelo potencial. Temos que ter estádio cheio."

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