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Defesa do Fortaleza tem média alta de gols sofridos e desempenho prejudica campanha
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Defesa do Fortaleza tem média alta de gols sofridos e desempenho prejudica campanha

Para além da discussão sobre arbitragem contra o Corinthians, desempenho do sistema defensivo tem deixado a desejar no Brasileirão
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Zagueiro Paulão, do Fortaleza, critica o silenciamento a que atletas negros são obrigados a enfrente (Foto: Júlio Caesar)
Foto: Júlio Caesar Zagueiro Paulão, do Fortaleza, critica o silenciamento a que atletas negros são obrigados a enfrente

O dia seguinte à derrota do Fortaleza para o Corinthians, por 3 a 2, foi de muita discussão sobre os problemas do uso da tecnologia do árbitro de vídeo (VAR) no Brasil. Digerido o resultado, porém, é hora de fazer outra reflexão.

Polêmicas à parte, o jogo contra o Timão foi o décimo sob o comando de Rogério Ceni desde que o ex-goleiro retornou ao comando do time e nesse espaço de tempo o Tricolor sofreu 13 gols.

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Não dá para dizer que o problema é novo. Antes de Ceni largar o Leão e ir treinar o Cruzeiro, a defesa já era o ponto fraco do time. Entretanto, naquele momento o miolo de zaga tinha opções, em tese, menos qualificadas que as de hoje.

As chegadas de Jackson e Paulão causaram leve melhora, mas as médias de gols sofridos pelo Tricolor nos dois momentos com Ceni são semelhantes, de 1,5 para 1,3 por jogo agora — com Zé Ricardo também tinha sido 1,5.

Contra o Corinthians, especificamente, Paulão furou a tentativa de cortar a bola no primeiro gol, antes de Boselli, desmarcado, converter. No segundo gol do argentino, os dois zagueiros observaram o centroavante saltar para cabecear. Apenas o lateral-esquerdo Bruno Melo, de costas, tentou dividir o lance, mas passou longe do sucesso.

Segundo números do FootStats, o Fortaleza é o antepenúltimo time da Série A em interceptações e o penúltimo em desarmes. Isso significa que os adversários consegue penetrar muito na grande área tricolor. A situação só não é pior porque o Leão é a sexta equipe com mais rebatidas. Contudo, ficar afastando a bola o tempo todo é sinônimo de pressão constante do oponente.

Não se pode concentrar os problemas defensivos apenas na dupla de zaga. Os laterais Tinga e Carlinhos, por exemplo, são as peças da equipe que mais erram passes e dão espaço para a armação de jogadas adversárias. Já os dois volantes titulares, Felipe e Juninho, não se destacam em termos de desarmes na competição, característica essa que é básica para meias defensivos.

Aliado a isso, o goleiro Felipe Alves vem apresentando queda de produção. Somente contra Atlético-MG e Corinthians, ele errou 23 lançamentos, ao todo.

O ataque do Fortaleza tem compensado e algumas vezes camuflado isso, com média de 1,5 gol marcados por partida nos últimos dez jogos (desde que Ceni voltou). Ainda assim, o saldo de gols do Leão é deficitário, com seis tentos negativos.

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