Passados mais de 25 anos da icônica final da Copa do Mundo de 1994, Brasil e Itália voltaram a campo com elencos parecidos àqueles que protagonizaram a disputa nos Estados Unidos. O jogo da vez tinha outro palco, o estádio Presidente Vargas, em Fortaleza, e não valia o tetra conquistado pela Canarinho naquele ano e pela Azzurra em 2006.
Diferentemente de 1994, quando o Brasil venceu nos pênaltis por 3 a 2, após o 0 a 0 no placar, quem saiu vencedora foi a Itália. Os europeus venceram por 1 a 0, e por ironia do destino, com gol de Massaro — logo ele, que perdeu um dos pênaltis que renderam o tetra ao escrete verde-amarelo. A sorte é que, como definiu Romário após o jogo, "a gente perdeu quando podia perder". O que importa é a festa.
Grandes nomes estiveram em campo. Pelo Brasil, Romário, Bebeto, Cafu e Taffarel foram os destaques da partida. Do lado italiano, Panucci, Zola, Baresi e Massaro fizeram boa partida, garantindo a vitória para a Azzurra, apesar do número reduzido de atletas relacionados — eram 17, contra 19 do Brasil e a maioria dos jogadores de ambos os times estão na casa dos 50 anos.
A seleção brasileira criou as melhores oportunidades na primeira etapa. Logo aos dois minutos de jogo, Bebeto acertou chute no travessão adversário. Mazinho, Romário e Aldair também tiveram grandes oportunidades de abrir o placar, mas pararam nas boas defesas de Rossi, 55, e na falta de pontaria.
Romário chegou a marcar, tocando na saída do goleiro da Itália, mas o gol foi anulado por impedimento. Os italianos só tiveram uma chance clara para marcar no primeiro tempo, em falta cobrada por Evani, que passou por cima do gol.
O Brasil voltou para o segundo tempo com menos vigor físico, deixando a Itália trabalhar mais a bola. Técnico brasileiro, Carlos Alberto Parreira chegou a deixar quatro zagueiros em campo no Brasil, travando a criação. Romário e Bebeto acabaram isolados no ataque, presos entre zagueiros e volantes italianos.
Apesar disso, Viola, que entrou na segunda metade do jogo, chegou a fazer mais um gol, novamente anulado por impedimento. Ele também chegou perto de marcar na prorrogação daquele jogo no dia 17 de julho de 1994.
A imponência física dos italianos resultou em um gol no final da partida. Após cruzamento da direita, a bola foi rebatida e ficou viva dentro da área. Em um leve toque, Massaro venceu o goleiro Gilmar.
Alguns jogadores se destacaram pelo físico, apesar da idade. Em uma das posições mais desgastantes do futebol, a lateral, Cafu, 49, e Panucci, 46 nem pareciam sentir o peso das décadas.
Ficha técnica
Brasil: 4-4-2: Taffarel (Gilmar); Jorginho, Aldair, Márcio Santos (Palhinha) e Cafu; Mauro Silva (Ronaldão), Mazinho (Mauro Galvão), Zinho (Viola) e Paulo Sérgio (Careca); Bebeto e Romário. Téc: Carlos Alberto Parreira
Itália: 4-4-2: Rossi (Braglia); Mussi (Benarrivo), Costacurta (Vierchowod), Baresi (Apolloni) e Panucci; Albertini, Eranio, Zola e Evani (Berti); Massaro (Casiraghi) e Casiraghi (Schillaci) (Massaro). Téc: Arrigo Sacchi
Local: estádio Presidente Vargas, em Fortaleza-CE
Data: 9/1/2020
Cartão amarelo: Apolloni
Gol: Massaro