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Vai ter reprise? O reencontro de Ceará e Bahia na final da Copa do Nordeste
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Vai ter reprise? O reencontro de Ceará e Bahia na final da Copa do Nordeste

Alvinegro e Triclor fazem o primeiro jogo da final e repetem decisão de 2015, quando o Vovô conquistou seu primeiro — e até agora único — título da competição
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Samuel Xavier foi titular absoluto em toda a campanha do Nordestão  (Foto: FÁBIO LIMA/O POVO)
Foto: FÁBIO LIMA/O POVO Samuel Xavier foi titular absoluto em toda a campanha do Nordestão

É a reprise de um filme de cinco anos atrás guardado na parede da memória com muito carinho pelo torcedor alvinegro: os mesmos protagonistas, revivendo dois jogos finais no mesmo torneio. Ceará e Bahia, hoje, 1º, e na próxima terça-feira, 4, refazem os duelos derradeiros da Copa do Nordeste de 2015. As semelhanças não ficam por aí: alguns personagens desse enredo tornam a viver as emoções em campo. São os casos, no Tricolor, do meia Yuri, e no Alvinegro, do meia Ricardinho, do atacante Wescley e do lateral-direito Samuel Xavier.

Compreendendo que o elenco do Bahia está mais consolidado, o executivo de futebol do Alvinegro, Jorge Macedo, diz acreditar que serão partidas jogadas de igual para igual e decididas nos detalhes. Em 12 confrontos pelo Nordestão, o Vovô venceu 5, o Esquadrão 3, e ficaram empatados em 3 oportunidades - a última delas já neste ano, em um 2 a 2, no Castelão.

"O grupo tá bastante motivado. A gente tem jogadores que já conquistaram a Copa do Nordeste no elenco, muitos jogadores vitoriosos em outros clubes. A gente deixou claro que é o momento de entrar pra história. Todo mundo vem pro Ceará pra entrar na história. Como se entra na história? É ganhando clássico, ganhando título", projetou, em entrevista exclusiva.

As correspondências entre os jogos são muitas, mas, passados cinco anos, Samuel Xavier também destaca as diferenças e revela "confiança" em que roteiro termine como em 2015, com o Ceará levantando a orelhuda.

Entre as mudanças está a da decisão feita inteiramente fora de casa, no Pituaçu, em Salvador, e sem público — muito diferente de 2015, com jogos de ida na Fonte Nova e de volta no Castelão, para um público recorde de 63.399 pagantes. A arquibancada lotada vai fazer falta, conta o atleta. Ainda assim, ele acredita que o Bahia não leva vantagem, um vez que não terá apoio da torcida dentro do estádio.

"Em 2015, a nossa equipe era bastante entrosada, uma equipe que já vinha de 2014, com bastante gente no elenco. Esse ano, tá sendo diferente porque chegaram muitos jogadores e também teve essa parada por causa da pandemia. Vai ser diferente, mas acredito que a gente chega com condições, sim, de ser campeão", disse em coletiva de imprensa, feita à distância e disponibilizada pelo clube. O lateral, em 2015, deu a assistência para o gol de Ricardinho, no primeiro jogo da decisão de 2015. Depois daquele ano, Samuel foi para o Sport-PE, seguiu para o Atlético-MG, e retornou ao Vovô em 2018.

Para acreditar nesse final feliz para o Vovô, o lateral-esquerdo ressalta a "liga" que elenco tem apresentado em campo. "A nossa equipe tá conseguindo dar liga muito rápido a gente tá conseguindo entrosar bastante. A gente tem todas as condições de enfrentar o Bahia e conseguir esse título. Nossa equipe tem treinado forte e feito bons jogos, acredito que a gente chega com bastante confiança para conseguir esse titulo", observa.

Um dos fatores para essa convicção do atleta está na beira do campo. O treinador Guto Ferreira, que tem comandado o Ceará a partir dos jogos pós-parada devido a pandemia de Covid-19, é linha dura no quesito tático e, conforme o atleta, tem se obstinado em repassar os conceitos ao grupo. "O professor Guto cobra bastante a gente na parte tática. A gente fala que é uma coisa chata, mas é pro nosso bem. Ele gosta bastante de dar ênfase nesse trabalho taticamente. E a gente tem colocado isso nos jogos", conta.

Posse de bola, tabelas curtas próxima da área e reforço da função defensiva são alguns dos fundamentos trabalhados por Guto e citados por Samuel Xavier. "Ele cobra a gente bastante ali na parte de trás, e a gente tá colocando isso em prática. Nessa retomada, tomamos só um gol (na Copa do Nordeste, contra o CRB). Uma equipe que toma menos gol fica mais próximo da vitória", acredita.

 

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