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Árbitros cearenses relembram atuações em Clássicos-Rei e destacam fator psicológico
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Árbitros cearenses relembram atuações em Clássicos-Rei e destacam fator psicológico

Apitadores locais viraram presenças raras nos últimos duelos entre Ceará e Fortaleza. César Magalhães e Júnior Rodrigues veem pressão inerente ao jogo
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Anderson Daronco terá a missão de apitar o Clássico-Rei do domingo (Foto: Pedro Chaves/FCF)
Foto: Pedro Chaves/FCF Anderson Daronco terá a missão de apitar o Clássico-Rei do domingo

O último Clássico-Rei de 2020, no próximo domingo, 20, pela 26ª rodada da Série A do Campeonato, será apitado pelo gaúcho Anderson Daronco. A relevância cada vez mais nacional do principal duelo estadual fez virar rotina a presença de árbitros de outras partes do país — com o selo Fifa, de preferência —, mas os duelos entre Ceará e Fortaleza, entre polêmicas e elogios, ainda representam o auge para a arbitragem local.

Com longa estrada na profissão, César Magalhães, de 38 anos, já comandou quatro confrontos entre alvinegros e tricolores — o mais marcante deles foi em 2015, segundo ele. O árbitro cearense da categoria CBF admite que a preparação para apitar o Clássico-Rei é diferente e exige maior atenção à questão mental.

"O fator psicológico eu coloco em primeiro lugar nessa preparação, pois esse jogo envolve os maiores clubes do nosso Estado, envolve sonho, envolve a maioria absoluta de torcida da nossa capital, envolve até amigos e familiares. Na semana desse jogo não se fala em outra coisa. É extremamente necessário que o árbitro esteja 100% focado no jogo para que o trabalho seja feito com excelência", pondera.

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Alçado ao status de árbitro nacional nesta temporada, Júnior Rodrigues, de 26 anos, também teve outro marco na carreira em 2020: a primeira atuação em Clássico-Rei. O cearense foi responsável pelo apito na vitória do Leão por 2 a 1 sobre o Vovô, no dia 15 de julho, pela segunda fase do Campeonato Cearense, no reencontro entre os rivais após a paralisação do futebol devido à pandemia de Covid-19.

"Todos esses fatores tornaram uma experiência única, algo que só o tempo irá explicar tudo que aconteceu e da forma positiva que aconteceu. Obtivemos êxito para coroar o trabalho que a gente vem desenvolvendo junto à escola de arbitragem, comissão estadual, com apoio extraordinário da FCF (Federação Cearense de Futebol)", analisa o "juiz", que garante não ter sentido alívio por ter escapado dos gritos das arquibancadas.

"Temos que estar preparados e concentrados unicamente dentro do campo, e o nível de concentração acaba tendo que tornar a presença ou ausência de torcedores imperceptível", garante.

Insatisfeitos com atuações anteriores de árbitros locais, Ceará e Fortaleza aumentaram o número de pedidos por arbitragem de fora em clássicos, principalmente em fases decisivas do Estadual. Os encontros em Copa do Nordeste e Campeonato Brasileiro, chancelados pela CBF, obrigam a ter apito de outros Estados. Mas os profissionais cearenses não enxergam diferença na responsabilidade de comandar o jogo.

"A pressão para o Clássico-Rei é igual para qualquer árbitro que vier a apitar. Hoje, os árbitros já vêm para o jogo sabendo de tudo que acontece na cidade, é feito um estudo do cenário que será encontrado e com a internet é muito fácil ficar ciente de tudo, principalmente a situação de cada clube. Cabe ao árbitro trabalhar o emocional e ter personalidade para lidar com essa situação", opina César Magalhães.

"Um clássico é sempre um clássico. Não que as outras partidas sejam menos importante, mas o clássico é único, a preparação é especial pelo que o jogo exige, pelas expectativas que são criadas desde a imprensa aos gandulas do jogo. Todos os pilares têm sua importância, mas o mental tem fator determinante, por exigir nível máximo de concentração, de cobrança, de responsabilidade", afirma Júnior Rodrigues.

Apesar de gaúcho, Anderson Daronco tem experiência em Clássicos-Rei. Na temporada passada, foi ele quem comandou o apito do segundo jogo da final do Campeonato Cearense.

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