Guto Ferreira encontrou o encaixe ideal do ataque do Ceará em novembro do ano passado. Desde então, viu o setor crescer de produção, resultando diretamente na evolução da equipe na tabela da Série A. O acerto de "Gordiola" foi juntar Cléber, Léo Chú, Lima e Vina para assumir a dianteira alvinegra. Prova do tireo certeiro é o fato de o quarteto ofensivo ser responsável por 55% dos gols do time de Porangabuçu no Campeonato Brasileiro.
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Dos 47 gols marcados pelo Alvinegro no Brasileirão, 26 saíram dos pés do "quadrado mágico" da equipe cearense. Vina é o artilheiro do time com 12 tentos no torneio. Lima e Cléber dividem a vice-artilharia do escrete do Porangabuçu na Série A, com seis gols cada. Léo Chú contribuiu com duas bolas nas redes.
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Os quatro também são decisivos com assistências e têm participação em 50% dos passes do Vovô que resultaram em rede balançada na competição nacional, em 32 rodadas, de acordo com dados do SofaScore. São 17 passes para gols dos 34 do Ceará na competição. Vina lidera também este quesito, com 8, seguido por Léo Chú, que tem cinco. Lima tem três, enquanto Cléber, um.
Jogador mais decisivo do Vovô no Brasileirão, Vina soma 20 participações diretas em gols. Sozinho, o meia-atacante contribuiu em 42% dos gols da equipe na primeira divisão. Já Lima protagonizou 19%, enquanto Cléber e Léo Chú, em 14% cada.
O protagonismo do quarteto faz parte do processo de evolução do escrete alvinegro sob o comando de Guto Ferreira. Antes de chegar ao encaixe, Gordiola testou parceiros ideais para Vina. As escolhas do treinador foram influenciadas diretamente por um capítulo negativo, mas importante do Ceará na temporada: a eliminação na Copa do Brasil para o Palmeiras.
Na partida da ida, o Vovô perdeu por 3 a 0 e se complicou. Para buscar a virada improvável, Guto precisou deixar o time mais ofensivo. Para isso, recuou Fernando Sobral da ponta-direita para a volância e passou a utilizar dois extremos de origem. Apesar de não ter usado o quarteto atual, a semente da mudança do esquema havia sido plantada.
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Eliminado pelo Alviverde, Guto até voltou ao esquema antigo na partida seguinte, contra o Atlético-MG. Com Sobral e Fabinho de volantes, Gordiola escalou Charles aberto na direita. O time não foi bem. Ainda no primeiro tempo, o treinador sacou o atleta, colocou Léo Chú, completando o quarteto com Vina, Lima e Vizeu, e viu o time melhorar.
Depois do embate contra o Galo, Guto finalmente escalou o quarteto ofensivo atual para encarar o São Paulo. Como Vizeu havia se lesionado, Cléber retomou a titularidade. De lá pra cá, o Ceará arrancou no Brasileirão, conquistando 20 de 33 pontos possíveis em 11 jogos. A equipe de Porangabuçu atingiu os 45 pontos e luta agora pela vaga na pré-Libertadores.
Nos 11 jogos mais recentes, em apenas três Guto não pôde escalar o quarteto por suspensão de um dos integrantes. Sem um deles, o Ceará empatou uma e perdeu duas partidas. Com os quatro em campo, em oito duelos, a sequência impressiona: seis vitórias, um empate e somente um revés.
Neste recorte, Vina, Lima, Léo Chú e Cléber foram responsáveis por 13 gols dos 20 marcados (65%), além de 10 assistências.
RANKING POR PARTICIPAÇÃO DIRETA EM GOLS DO CEARÁ NA SÉRIE A:
1º - Vina: 20 (12 gols e oito assistências)
2º - Lima: 9 (seis gols e três assistências)
3º - Léo Chú: 7 (dois gols e cinco assistências)
3º - Cléber: 7 (seis gols e uma assistência)