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Remodelado, ataque do Fortaleza deslancha e vira trunfo na reta final da Série A
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Remodelado, ataque do Fortaleza deslancha e vira trunfo na reta final da Série A

Enderson Moreira muda estilo de jogo, dá novo desenho tático ao sistema ofensivo e vê Leão marcar dez gols em sete jogos na luta contra descenso
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Ausente contra o Palmeiras, Luiz Henrique deve voltar a ser opção para o meio-campo do Fortaleza (Foto: Aurelio Alves)
Foto: Aurelio Alves Ausente contra o Palmeiras, Luiz Henrique deve voltar a ser opção para o meio-campo do Fortaleza

Para além dos resultados negativos, a troca no comando técnico do Fortaleza quando demitiu Marcelo Chamusca e contratou Enderson Moreira tinha uma preocupação latente para a reta decisiva do Campeonato Brasileiro: o sistema ofensivo. Sete jogos depois, o ataque da equipe ganhou cara nova com o modelo de jogo do treinador e virou trunfo na luta contra o rebaixamento.

O padrão tático foi um dos fatores que levou o Tricolor a assinar com o paulista de 49 anos até o final de 2021. O comandante, então, arregaçou as mangas para implementar novidades. Os períodos de treinos tiveram papel fundamental para exercitar o esquema de jogo e simular situações de ataque contra defesa. Um dos laterais passou a ter papel mais ofensivo, enquanto o outro auxilia os zagueiros na saída de bola. Novidade no time, o meia Luiz Henrique se posiciona entre as linhas ofensivas para municiar os companheiros de ataque.

"Existe muita organização da equipe, de pensamento, forma de jogar, como fazer. Desde o dia em que eu cheguei aqui, venho trabalhando com eles esses conceitos e fazendo com que eles possam acreditar nisso, que a coisa possa funcionar. Sem dúvida nenhuma, isso tem sido muito importante. Eles estão crescendo. Agora, comprometimento, dedicação, isso a gente tem que enaltecer sempre porque eles estão bem focados nessa reta final", afirmou Enderson Moreira.

Após 35 rodadas da Série A, o Leão ainda é o quarto pior ataque — agora empatado com Athletico-PR e Vasco da Gama-RJ —, com 34 gols, mas cresceu de produção sob novo comando, apesar do desfalque do técnico em dois jogos em razão da internação por Covid-19. Nos últimos sete jogos, foram dez gols marcados, sendo seis nas vitórias nos confrontos diretos diante do Coritiba-PR e do próprio Cruzmaltino.

Os números mostram participação decisiva dos atacantes Wellington Paulista e David, artilheiros da equipe do Pici no Brasileirão e responsáveis por quase 50% dos gols na competição. O jovem Luiz Henrique assumiu o papel de garçom, com duas assistências, enquanto Igor Torres balançou as redes pela primeira vez.

"A equipe tem encontrado, dentro daquilo que eu tenho como proposta... Tem acreditado, eles têm verificado que a gente pode fazer muita coisa interessante. A gente está em um crescimento como equipe, como formar de jogar, questão tática. E a competitividade deles sempre foi muito alta, eles sempre foram atletas muito determinados", garantiu o treinador.

O bom desempenho do setor ofensivo nos últimos dois compromissos deixou o Fortaleza com a permanência na elite do futebol bem encaminhada a três rodadas do fim — na 15ª colocação, com 41 pontos. O antepenúltimo desafio na competição será diante do Palmeiras-SP, no próximo domingo, 14, a partir das 18h15min, no Allianz Parque, em São Paulo. Uma combinação de resultados pode livrar de vez o Leão do risco de queda.

Ataque do Fortaleza na Série A

34 gols no total
17 gols com Rogério Ceni
1 gol com Marconne Montenegro (interino)
6 gols com Marcelo Chamusca
10 gols com Enderson Moreira

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