A garantia antecipada de permanência na Série A do Campeonato Brasileiro permitiu ao Ceará se movimentar no mercado da bola e reforçar o elenco para o calendário de 2021, que terá o retorno à Copa Sul-Americana após dez anos. Depois de finalizar a 13ª terceira contratação, a diretoria cessou a busca por nomes e quer dar tempo para o técnico Guto Ferreira avaliar todos os reforços.
"Nós ultrapassamos a quantidade de atletas com a qual o Guto quer trabalhar. Ele gosta de um elenco com 34 jogadores, sendo 30 deles de linha. Portanto, é hora de avaliar o que nós temos", ponderou o diretor de futebol Eduardo Arruda ao O POVO.
A primeira cara nova do Alvinegro para a temporada foi o meia Marlon, ex-Fortaleza, ainda em dezembro. O radar, então, foi ampliado para outras competições e até para o Exterior. Destaques da campanha do título da Chapecoense-SC na Série B, o goleiro João Ricardo e o volante Oliveira fizeram as malas e desembarcaram em Porangabuçu.
O zagueiro Messias, recém-anunciado, também teve bons números na Segunda Divisão com a camisa do América-MG. Além do lateral-direito Gabriel Dias, que repetiu o roteiro de Marlon ao trocar Pici por Porangabuçu, o sistema defensiva ganhou três peças jovens: o arqueiro Vinicius Machado, ex-Grêmio-RS, o lateral-esquerdo Alessandro, do Juventude-RS, e o zagueiro Jordan, que estava no Botafogo-SP.
O setor ofensivo do Vovô também foi reforçado para as disputas de Campeonato Cearense, Copa do Brasil, Copa do Nordeste, Sul-Americana e Brasileirão. O meia Jorginho foi emprestado pelo Athletico-PR, enquanto o meia-atacante Lima foi adquirido em definitivo do Grêmio-RS após indas e vindas por empréstimo.
Para o ataque, o departamento de futebol do Ceará não poupou esforços nas negociações para atrair atletas do mercado internacional. O centroavante Jael deixou o Japão para vestir a camisa alvinegra. Os colombianos Yony González e Steven Mendoza, que já haviam atuado no futebol brasileiro, aceitaram retornar para trabalhar sob a batuta de Guto Ferreira.
Além do projeto esportivo, o Vovô atraiu os nomes no mercado com investimento e contratos longos — quase todos com ao menos dois anos de duração. Juntos, Messias, Lima e Mendoza custaram quase R$ 10 milhões aos cofres do clube cearense, que já desembolsou R$ 32 milhões em direitos econômicos de jogadores desde o retorno à elite nacional.
"Nós estamos sempre de olho porque algumas vezes surge uma boa oportunidade, mas no momento vamos dar uma parada. Depois, mais próximo do Brasileiro ou a depender do desempenho na Sul-Americana, a gente pode fazer mais algumas contratações", explicou Eduardo Arruda. (Com informações de Brenno Rebouças)
*Adquirido em definitivo após empréstimo