Além da dura derrota por 3 a 0, o confronto contra o Vasco, em São Januário (RJ), no final de semana passado, também marcou outro elemento negativo para o Fortaleza: a lesão de Lucas Sasha, que vinha sendo um dos pilares do técnico Juan Pablo Vojvoda no meio-campo. Ontem, o Leão do Pici emitiu comunicado oficial informando que o volante ficará fora por aproximadamente dois meses.
Segundo o boletim médico divulgado pelo Tricolor, o camisa 88 sofreu um trauma em seu antebraço, lesão que ocorreu logo aos sete minutos do primeiro tempo da partida disputada no Rio de Janeiro (RJ). Os exames realizados no pós-jogo apontaram uma fratura do osso rádio, com indicação de tratamento cirúrgico — procedimento realizado já ontem.
“No último jogo contra o Vasco, aos sete minutos do primeiro tempo, em um lance completamente normal, acabei fraturando o meu braço. Na hora, não imaginei ter sido algo sério, mas com o passar dos minutos a dor foi aumentando até que ficou insustentável e impossível continuar em campo. Após realizar exames e confirmar a fratura do braço, passei por cirurgia, que foi um sucesso, graças a Deus. Agora é focar na recuperação para estar de volta aos gramados o mais rápido possível”, relatou o volante por meio de suas redes sociais.
A ausência de Lucas Sasha até a parada para o Super Mundial, no meio do ano, abre uma lacuna no time. Taticamente, o volante agrega algumas características importantes, sobretudo no aspecto defensivo, com intensidade na marcação e bom número de desarmes. Não à toa, o jogador, embora não esteja entre os que mais atuaram na temporada, vinha de uma sequência interessante como titular.
Por semelhança, Zé Welison seria um substituto natural para a posição. O volante, entretanto, desfalcou o Leão contra o Vasco por estar em transição após uma lesão muscular no adutor da coxa esquerda, e é dúvida para o embate diante do Retrô-PE, amanhã, na Arena Castelão, pela Copa do Brasil. A tendência é que o atleta esteja 100% à disposição no próximo domingo, contra o Cruzeiro, pela 10ª rodada do Brasileirão.
Outro nome que, por característica, se encaixa no perfil de primeiro volante é Rodrigo, contratado no dia 12 de abril, em transação que custou R$ 4 milhões aos cofres do clube — montante pago pela aquisição de 60% do atleta junto ao Maringá-PR. O jogador, porém, já está no Pici há mais de um mês, não estreou e sequer foi relacionado para uma partida. O atleta, segundo o DM do clube, chegou acusando dores na perna direita e está em processo de recondicinamento físico.
Pol Fernández, embora tenha atuado na função em alguns jogos de 2025, não teve bom desempenho. Com o argentino, o meio-campo do Fortaleza tornou-se defensivamente frágil. Ele, assim como outras peças do plantel, como Matheus Rossetto e Emmanuel Martínez, tendem a jogar melhor como segundo ou terceiro homem do meio-campo.
Contra o Retrô-PE, ter uma trinca central com menos poder de marcação não deve ser um problema, mas nos duelos seguintes, contra Cruzeiro, Racing-ARG e Flamengo — estes dois últimos fora de casa —, ter uma composição mais sólida pode ser fundamental para bons resultados.