
Adailma Mendes é editora-chefe de Economia do O POVO. Já foi editora-executiva de Cidades e do estúdio de branded content e negócios, além de repórter de Economia
Adailma Mendes é editora-chefe de Economia do O POVO. Já foi editora-executiva de Cidades e do estúdio de branded content e negócios, além de repórter de Economia
SISTEMA ELÉTRICO. Lembro da realidade do Brasil em 2001, em que vivemos a incerteza de ter energia para ligar luzes e aparelhos domésticos que nos eram caros. E agora, novamente, o medo de não ter luz em casa e, ainda, muitas dúvidas sobre o tamanho real da crise energética que estamos vivendo.
Recordo, ainda como jornalista recém-formada, há 20 anos, dos boletins diários sobre os níveis dos reservatórios, coletivas sequenciadas sobre a situação vivida no País. Hoje, mesmo com uma rede de comunicação online e interativa, os fatos que envolvem um risco de apagão em 2021 nos chegam tardiamente e de forma atravessada.
O reservatórios do Sul e Sudeste já começavam a agonizar em 2020, mas só de fevereiro para cá foram surgindo declarações de órgãos oficiais que alertavam para o problema. Depois vieram o aumento do apoio as térmicas, compras do exterior, novas taxas ao consumidor e planos de incentivo à redução do consumo de energia.
Mas de uma crise para outra, quais são os nossos riscos de viver um apagão? Dois pontos preocupam: a retomada da economia esperada para o semestre e o mês de novembro, historicamente entre os mais secos nas regiões com as grandes hidrelétricas do País, que respondem por mais de 60% da energia elétrica brasileira.
Com a volta das atividades econômicas e sem ver grandes melhoras nos reservatórios - a carga no Sistema Interligado Nacional cresceu apenas 3,5% em julho ante igual mês em 2020 - temos mais chances de viver picos de demanda de energia e isso requer potência. Aí mora o risco dos apagões.
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