Expansão. O Governo do Ceará inaugurou, na última semana, a segunda expansão do Porto do Pecém. O investimento, de R$ 772,8 milhões, vai ampliar a capacidade instalada de movimentação de cargas dos atuais 28 milhões de toneladas/ano para 40 milhões de toneladas/ano.
Em 2021, o porto cearense movimentou 22,4 milhões de ton/ano, alta de 40% ante 2020, superando, inclusive, o porto de Suape (PE). Mas, não é apenas na crença de que esse ritmo de crescimento se manterá que se sustenta a expansão.
Mira no próximo ciclo econômico que o Governo pretende construir no Estado: hub de hidrogênio verde, hub de gás natural, refinaria, exploração eólica offshore (no mar).
Por enquanto, tudo isso ainda está no campo das intenções e certamente nem todos os protocolos sairão do papel (e se sair, a expansão foi subdimensionada), mas é um recado importante que o Governo dá aos investidores: de que há infraestrutura no Ceará para recebê-los.
Mensagem envelopada ainda pela presença de quase todos os governadores que participaram da construção/consolidação do empreendimento em pouco mais de duas décadas (na solenidade, Lúcio Alcântara foi o único ausente). E não me refiro aqui ao simbolismo político do encontro, em um ano eleitoral, cujo resultado só as urnas dirão. Mas à tentativa de afiançar ao Estado a marca de estabilidade e visão de longo prazo, o que no ambiente de negócios do Brasil de hoje é moeda alta.