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Evento pró-Girão em Fortaleza é marcado por ataques ao STF e "oração" para preso do 8 de janeiro
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Evento pró-Girão em Fortaleza é marcado por ataques ao STF e "oração" para preso do 8 de janeiro

Encontro do Novo que lançou senador como pré-candidato a prefeito de Fortaleza acabou marcado por críticas à cúpula do Judiciário
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Moro, Dallagnol e Magno Malta estavam entre os políticos nacionais que vieram prestigiar Girão (Foto: Divulgação/Partido Novo
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Foto: Divulgação/Partido Novo Moro, Dallagnol e Magno Malta estavam entre os políticos nacionais que vieram prestigiar Girão

O Novo realizou na manhã deste sábado, 25, na Assembleia Legislativa ato de lançamento da pré-candidatura do senador Eduardo Girão (Novo) à Prefeitura de Fortaleza. Com presença de diversos políticos bolsonaristas ou ligados à Lava Jato, o evento foi marcado por críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF), com destaque a Alexandre de Moraes.

Entre outras críticas, Girão acusou a Corte de cometer uma série de "arbitrariedades", principalmente na repressão aos ataques aos prédios dos Três Poderes de 8 de janeiro. Destacando a presença do ex-deputado Deltan Dallagnol (Novo-PR), cassado em decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o senador classificou o correligionário como "primeira vítima da ditadura de toga" do País.

Além do próprio Girão, os discursos mais fortes contra a cúpula do Judiciário partiram do senador Magno Malta (PL-SP) e do deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS), que participaram do encontro. Além deles, também integraram o ato os senadores Carlos Portinho (PL-RJ), Astronauta Marcos Pontes (PL-SP) e Sergio Moro (União-PR).

Durante o ato do Novo, os parlamentares chegaram inclusive a puxar uma "oração" e um "minuto de silêncio" em homenagem a Cleriston Pereira da Cunha, manifestante bolsonarista preso nos atos de 8 de janeiro e que morreu, na última segunda-feira, 20, após passar por um mal súbito no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília.

"A memória de Clezão não pode morrer. A memória dele, essa injustiça chamada de Justiça há de se transformar em um adubo, e esse adubo haverá de se transformar em uma grande lavoura de patriotas destemidos, que amam a Deus e à pátria", disse Magno Malta, que puxou oração do Pai Nosso dedicada ao manifestante. Neste momento, participantes do evento levantaram cartazes com a foto de Cleriston que forma distribuídas no local.

Pedindo um minuto de silêncio em homenagem ao manifestante morto, Marcel Van Hattem também convocou participantes do evento para manifestações puxadas por bolsonaristas para este domingo, 26, em todo o País. Uma das pautas será o impeachment de Alexandre de Moraes, classificado por Van Hattem como "o maior problema do Brasil hoje".

Ainda na linha de críticas ao STF, parlamentares do evento também destacaram recente aprovação pelo Senado da Proposta de Emenda à Constituição que limita o poder de decisões monocráticas de ministros do Supremo. Neste sentido, aliados de Girão chegaram inclusive a puxar uma "salva de palmas" ao presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), por ter pautado a matéria.

"A PEC é um aperfeiçoamento institucional, não é uma retaliação ao Supremo não. Não tem nenhum país do mundo em que um ministro profere uma decisão ele sozinho, ministro de uma Corte Constitucional, e suspende uma lei. Única coisa que foi feita é buscar um aperfeiçoamento institucional, para melhorar o País", disse Moro.

 

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