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A semana na segurança pública do Ceará
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A semana na segurança pública do Ceará

COMBATE À CRIMINALIDADE
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Delegado federal Roberto Sá, novo titular da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social, assumiu afirmando que criminosos não terão trégua no Ceará
 (Foto: FÁBIO LIMA)
Foto: FÁBIO LIMA Delegado federal Roberto Sá, novo titular da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social, assumiu afirmando que criminosos não terão trégua no Ceará

Na última segunda-feira, 3, tomou posse o novo secretário da Segurança Pública e Defesa Social. A missão de Roberto Sá é clara: reduzir a vergonhosa média de 10 homicídios diários registrada no Estado nos dois últimos meses, principal fator que levou à queda do ex-secretário Samuel Elânio. Em suas primeiras falas, Sá ainda citou a necessidade, observada pelo próprio governador Elmano de Freitas (PT), de promover uma maior sensação de segurança à população, que precisaria ver mais de perto a atuação policial.

Para além disso, pouco de concreto foi apresentado pelo novo secretário, o que é natural para quem chegou há apenas alguns dias. Sá ainda vai precisar saber qual o estado da arte da criminalidade no Estado e quais recursos dispõe para enfrentá-lo. Entretanto, espera-se que, logo, haja ações contundentes contra a atual situação vivida no Ceará, que exige mais que discurso inflamado enquanto se faz mais do mesmo no dia a dia. Elmano e Sá falaram na cerimônia de posse em “tratar bandido como bandido” e “caçar os criminosos”, o que pouco significa para além da aproximação com um discurso mais notadamente associado à oposição.

Outra fala marcante nesta semana na área da segurança foi a do prefeito José Sarto (PDT) durante anúncio da ampliação do uso de armas de fogo por parte da Guarda Municipal de Fortaleza. Nas redes sociais, ele publicou que “se o Governo do Estado não é capaz de fazer o mínimo, a Prefeitura de Fortaleza vai fazer o máximo contra a violência”. 

Espera-se que a disputa entre Município e Estado que precede as eleições de outubro fique de fora da gestão da segurança no dia a dia. Melhor que uma Guarda Municipal concorrendo com a PM (o que nunca conseguiria, pois tem missão diferente e um efetivo muito menor) seria se as duas corporações trabalhassem de forma síncrona e complementar. E o potencial de colaboração de uma Prefeitura para o setor se dá, muito mais, em políticas de prevenção e urbanismo.

A segurança pública do Estado vive um momento de calamidade há um bom tempo e não é possível dar-se o luxo de perder mais um ano na área por causa de uma eleição, que nunca pode ser um fim em si mesmo.

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