Logo O POVO+
Justiça atende pedido do PSB e suspende redes sociais de Pablo Marçal
Farol

Justiça atende pedido do PSB e suspende redes sociais de Pablo Marçal

Candidato do PRTB à prefeitura de São Paulo, que tem 13 milhões de seguidores, é acusado de pagar por impulsionamentos para ampliar o alcance de suas postagens
Edição Impressa
Tipo Notícia
PABLO Marçal reagiu à decisão judicial que suspendeu suas redes sociais (Foto: Reprodução/Vídeo
)
Foto: Reprodução/Vídeo PABLO Marçal reagiu à decisão judicial que suspendeu suas redes sociais

A Justiça Eleitoral mandou tirar do ar perfis de Pablo Marçal (PRTB), candidato a prefeito de São Paulo, nas redes sociais. A decisão é liminar, ou seja, provisória. Ele ainda pode recorrer. As contas no Instagram, YouTube, TikTok e X e o site da campanha terão que ser removidas.

Pablo Marçal abriu uma transmissão ao vivo no Instagram ontem para anunciar que perderia acesso às redes e criticou a decisão: "Coisa desconectada da realidade".

O juiz Antonio Maria Patiño Zorz, da 1ª Zona Eleitoral, menciona indícios de abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação na remuneração de usuários para produzir "cortes" e divulgá-los nas redes.

Na avaliação do magistrado, não há transparência sobre o fluxo de recursos usados na monetização do material. "Conste que ha´ documento demonstrando que um dos pagamentos proveio de uma das empresas pertencentes ao requerido Pablo, o que pode configurar uma série de infrações."

A decisão menciona ainda que a estratégia usada pela campanha de Pablo Marçal parece gerar desequilíbrio em relação aos demais candidatos.

"'Monetizar cortes' equivale a disseminar continuamente uma imagem sem respeito ao equilíbrio que se preza na disputa eleitoral. Notadamente o poderio econômico aqui estabelecido pelo requerido Pablo suporta e reitera um contínuo dano e o faz, aparentemente, em total confronto com a regra que deve cercar um certame justo e proporcional", escreveu o juiz.

Nas redes, antes de perder acesso aos perfis, Pablo Marçal disse que decisão não tem fundamento.

Após a Justiça Eleitoral determinar a suspensão das redes sociais de Pablo Marçal, candidato a prefeito de São Paulo pelo PRTB, o influenciador convocou seus mais de 13 milhões de seguidores a se inscreverem em seus grupos no Telegram e WhatsApp. Na prática, a estratégia é uma forma de contornar a decisão judicial, permitindo que o candidato mantenha sua forte presença digital. Marçal classificou a decisão do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) como censura.

Durante a transmissão, que durou cerca de 15 minutos e foi acompanhada por mais de 50 mil pessoas, Marçal não poupou críticas a seus adversários na corrida eleitoral, afirmando que precisará adotar novas estratégias e que a disputa será "muito pesada". Nos dois primeiros debates eleitorais, Marçal atacou Boulos (PSOL) e o prefeito Ricardo Nunes (MDB), que demonstraram desconforto com a agressividade do influenciador e a falta de pudor em suas acusações.

O influenciador também apelou ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por apoio à sua candidatura à Prefeitura de São Paulo, apesar de Bolsonaro estar comprometido com a reeleição de Ricardo Nunes na capital paulista e ter criticado Marçal nos últimos dias. "Bolsonaro, nós lutamos por você, não faz sentido você apoiar o Nunes", disse Marçal, acrescentando: "Pelo amor de Deus, Bolsonaro, o que tá por trás disso? Revela pra todo mundo. Acorda, capitão". (da agência Estado)

 

O que você achou desse conteúdo?