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Enquanto o Governo Federal articula para a sabatina de Galípolo acontecer até o dia 10 de setembro, segundo apurou nesta semana que passou o correspondente do O POVO em Brasília, João Paulo Biage, o momento que deve acontecer com o escolhido para presidente do Banco Central virou moeda de troca para os parlamentares.
É que alguns senadores foram atrás do presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) da Casa, Vanderlan Cardoso (PSD-GO), para que a sabatina aconteça somente em cerca de 30 dias, o que não costuma acontecer. Geralmente da indicação do nome à sabatina e aprovação há mais celeridade. Mas a ideia dos políticos é gerar pressão no governo. Virou moeda de troca o prazo para acontecer a sessão da CAE em detrimento de uma melhor negociação com o governo ante as emendas parlamentares.
Até usaram como desculpa que está em cima das eleições e que seria melhor a sabatina acontecer depois do primeiro turno, que será no dia 6 de outubro. Mas o que os senadores querem mesmo é que o governo entre em ação após a suspensão das emendas, sobretudo as chamadas Pix, pelo STF.
Então é necessário observar as negociações sobre Galípolo nesta semana. O desejo do governo é que tudo aconteça antes da próxima reunião do Copom, em 17 e 18 de setembro. Isso porque o nome dele já está aprovado e este não é o ponto em questão. Os senadores realmente não têm pressa.