Essa foi a primeira vez que acompanhei os jogos mais de perto. Não só como jornalista, trazendo boletins diários para as mais diversas plataformas do Grupo de Comunicação O POVO, mas também como torcedor. Ao longo dos Jogos vibrei, gritei, roí as unhas, xinguei o juiz. Fiz tudo que um torcedor tem direito.
Vibrei com os recordes quebrados pela Carol Santiago, que, em 2024, ganhou cinco medalhas, sendo três de ouro e duas de prata. Com o feito, ela se tornou a maior medalhista da história das paralimpíadas do Brasil. Fiquei triste quando o futebol de cinco perdeu as semifinais para a Argentina, nos pênaltis.
Mas o melhor de tudo foi ver que o brasileiro está se interessando cada vez mais por acompanhar as notícias das competições disputadas por pessoas com deficiência. Por mais de uma vez, ouvi pessoas conversando dentro dos ônibus, relatando os feitos dos quase 280 atletas brasileiros que foram a Paris.
Foi bacana ver o engajamento causado pela Paralimpíada. Melhor ainda vai ser se esse interesse se transformar numa sociedade mais inclusiva.
Que as pessoas possam aproveitar os Jogos Paralímpicos para perceber que nós, pessoas com deficiência, temos um grande potencial a ser explorado. Para isso, basta que nos deem uma oportunidade.
E que em Los Angeles, em 2028, o Brasil possa brilhar ainda mais.