Hoje, o Ceará tem o jogo mais difícil da temporada. O rival, pior time da Série B 2024, é peso-pena, mas o Alvinegro precisa segurar o ímpeto emocional para impor a superioridade óbvia e voltar ao seu lugar de direito.
A equipe cearense volta à cidade onde carimbou o acesso em 2009. Apesar do CEP parecido, os dois jogos guardam pouco em comum. Naquela época, o rival era a Ponte Preta, o estádio era o Moisés Lucarelli, e um revés não ameaçava tanto a vaga na Primeira Divisão, uma vez que se tratava da penúltima rodada da Segundona. O Vovô acabou vencendo a Macaca por 2 a 1, com o zagueiro Fabrício sendo coroado como autor do gol do acesso.
Agora, o Brinco de Ouro da Princesa, estádio-sede do Guarani — rebaixado lanterna da Série B —, recebe um Ceará que precisa domar os próprios nervos para celebrar uma vaga merecida. Basta uma vitória. Depende só de si. O desafio é si mesmo.
Impulsionado pela mais fanática torcida da Série B de 2024 — média de 28 mil de público por jogo, 12 mil a mais que o vice-líder —, o Ceará chega em sequência de quatro vitórias consecutivas. Falta só uma. A mais difícil, ainda que contra o rival mais frágil.
Seja de avião, de ônibus, de carro, de bicicleta ou a pé, todo alvinegro sabe onde queria estar. Poucos vão poder estar, o que é uma injustiça com a torcida do campeão de popularidade da Segundona.
Mas que Campinas seja apenas o primeiro endereço da festa, que merece tomar as ruas de Fortaleza.