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A Covid-19 mudou, mas continua
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A Covid-19 mudou, mas continua

A Covid-19 nunca foi embora. Ela continua e, como os demais vírus, busca permanecer entre nós
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Ceará mantém alerta para casos graves de infecções respiratórias (Foto: FERNANDA BARROS)
Foto: FERNANDA BARROS Ceará mantém alerta para casos graves de infecções respiratórias

Para muitas pessoas, os tempos de pandemia são tão distantes como uma memória enevoada. Quase tudo retornou ao que era antes. Mas esse tempo existiu e deixou muitas marcas. A Covid-19 nunca foi embora. Ela continua e, como os demais vírus, busca permanecer entre nós.

Esperando uma chance, como o período de alta na sazonalidade ou o surgimento de uma sublinhagem com mutação mais adaptada, para se propagar. É isso que tem acontecido no Ceará, onde o número de casos por semana quadruplicou.

A mudança é causada pela circulação de novas sublinhagens da ômicron: a LP.8.1, que ainda não havia sido encontrada no Brasil, e a XEC, detectada anteriormente em outros três estados. A procura por atendimento já apresenta aumento. Um cenário que merece atenção e cuidados, tanto do poder público como da população geral.

Os órgãos competentes devem acompanhar de perto e se preparar para um cenário mais grave. Pessoas com sintomas gripais não podem colocar outras em risco. Com a confirmação, é preciso cumprir o isolamento de cinco dias, no mínimo. O uso de máscara logo no início de quaisquer sintomas e a lavagem das mãos são medidas que já deveriam ter virado hábito.

Também é verdade que os números parecem ínfimos quando comparados com os dos anos anteriores. A despeito da menor gravidade da situação, a Covid-19 apresenta riscos e ainda pode matar.

Este ano, 16 pessoas morreram em decorrência da infecção. Mas, no contexto atual, qualquer morte que pudesse ter sido evitada é um absurdo.

Ainda sabemos menos sobre a Covid-19 do que sobre outros tantos patógenos sobre os quais a ciência já se debruça há décadas, séculos. Ainda não conhecemos até onde a covid longa pode chegar.

Diferentemente dos que têm memória fraca, para uma parcela da população, a lembrança segue forte. A pandemia nos ensinou da pior maneira que esse tipo de situação demanda uma estratégia de proteção coletiva, com responsabilidade de cada um.

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