Com um crescimento de 10,8%, as atividades turísticas do Ceará foram as que mais cresceram no Brasil na passagem de setembro para outubro. O resultado foi 6,1 pontos percentuais (p.p.) maior do que o registrado nacionalmente.
Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) divulgada nesta quarta-feira, 11, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A secretária do Turismo do Estado, Yrwana Albuquerque, destaca que esse já é o segundo mês consecutivo em que o Ceará registra o maior crescimento do Brasil.
"Este é mais um resultado que o turismo cearense comemora em 2024. Mês após mês, o Ceará vem se destacando, mostrando sua força no turismo nacional e internacional, movimentando o maior número de passageiros em voos internacionais e registrando o maior crescimento no percentual de chegada de estrangeiros no paí", comenta a gestora.
O Estado também se destacou em outubro ante igual período do ano anterior, com uma alta de 14%, a quarta maior do Brasil.
Entretanto, no acumulado do ano, ou seja, de janeiro a outubro, por mais que o Ceará também tenha apresentado um crescimento em suas atividades turísticas (2,1%), ele foi o menor dentre os outros nove estados que também registraram resultados positivos.
Quanto ao indicador de receita nominal do setor, o Estado, no comparativo com o mês anterior (setembro), também teve o maior crescimento do Brasil, com uma alta de 3,9%.
Já em relação ao mesmo mês de 2023 e os acumulados do ano e de 12 meses, o indicador registrou um crescimento de 10,8%, 9,9% e 8,1%, respectivamente.
O setor de serviços do Ceará cresceu 4,8% em outubro, na comparação com igual mês em 2023, após ter registrado um desempenho negativo em setembro (-2,8%).
Entretanto, o resultado foi 1,5 p.p. menor do que o registrado nacionalmente (6,3%).
O crescimento do Estado no período foi acompanhado por quatro das cinco atividades de divulgação pesquisadas, com destaque para os transportes (terrestre, aquaviário e aéreo), serviços auxiliares aos transportes e correio, cujo volume de serviços aumentaram 13,1%.
A única área que apresentou um resultado negativo foi a de serviços profissionais, administrativos e complementares, com -2,1%.
No comparativo com o mês imediatamente anterior, o Estado também registrou um crescimento no desempenho, com uma alta de 2,9%, tendo um resultado acima do nacional, que foi 1,1%.
Em relação ao acumulado do ano, foi observado um aumento no volume de serviços (0,9 %), assim como no dos últimos 12 meses (0,6%).
No que concerne ao índice de receita nominal, foi constatada uma alta de 7,3% na comparação anual e de 5,8% no acumulado dos 10 meses do ano até outubro.
O volume de serviços prestados no País, em outubro, cresceu 1,1% frente a setembro, na série com ajuste sazonal. Dessa forma, o setor de serviços atinge novo recorde da série histórica e está 17,8% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020).
A alta do mês foi puxada, principalmente, pelos serviços de transportes, que cresceram 4,1%, com taxas positivas em seus quatro modais: terrestre (1,6%); aquaviário (0,7%); aéreo (27,1%) e armazenagem, serviços auxiliares dos transportes e correio (2,6%).
Outro setor em alta foi o de serviços profissionais, administrativos e complementares (1,6%). As outras três atividades econômicas mostraram taxas negativas: informação e comunicação (-1%); outros serviços (-1,4%) e serviços prestados às famílias (-0,1%).
Rodrigo Lobo, gerente da PMS do IBGE observa que “o transporte aéreo exerceu o principal impacto positivo no mês em função da queda observada nos preços das passagens aéreas”.
No que concerne aos índices regionais, o volume de serviços cresceu em 22 das 27 unidades da federação (UFs).
Em relação a outubro de 2023, na série sem ajuste sazonal, o indicador cresceu 6,3%, sétimo resultado positivo consecutivo. O avanço deste mês foi acompanhado por todas as cinco atividades de divulgação e contou ainda com crescimento em 63,9% dos 166 tipos de serviços investigados.
O acumulado no ano chegou a 3,2% frente a igual período de 2023 e o acumulado em doze meses avançou 2,7%, maior taxa desde fevereiro de 2024 (2,8%).
Frente a outubro de 2023, também foram observadas altas em 22 das 27 UFs. Já, no acumulado do ano, frente a igual período do ano anterior, foram em 20 das 27.
Em outubro de 2024, o volume de atividades turísticas no país cresceu 4,7% frente a setembro. Com isso, o segmento de turismo está 12,9% acima do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020) e renova o ponto mais alto da série, superando em 4,4% o mês de junho de 2024, antigo ápice.
Regionalmente, dezesseis dos 17 locais pesquisados acompanharam a expansão na atividade turística nacional (4,7%). Os desempenhos dos estados ficaram entre -6,5% (Rio de Janeiro) e 10,8% (Ceará).
Na comparação outubro de 2024 / outubro de 2023, o volume de atividades turísticas no Brasil cresceu 8,5%, quinto resultado positivo seguido, sendo impulsionado, principalmente, pelos ramos de transporte aéreo de passageiros; restaurantes; serviços de bufê; espetáculos teatrais e musicais; e agências de viagens.
No período, houve avanços dos serviços voltados ao turismo em 14 das 17 unidades da federação onde o indicador é investigado
Já, no indicador acumulado do ano, o agregado especial de atividades turísticas cresceu 2,3% frente a igual período do ano passado, impulsionado, sobretudo, pelos ramos de restaurantes; transporte aéreo de passageiros; serviços de bufê; serviços de reservas relacionados a hospedagens; e espetáculos teatrais e musicais.