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Chuvas em Fortaleza: soluções não caem do céu
Farol

Chuvas em Fortaleza: soluções não caem do céu

A chuva que antecede a estação no Ceará (fevereiro a maio) levanta velhas questões sobre a falta de estrutura urbana em Fortaleza. O o alerta anual para a urgência de investimentos em infraestrutura e planejamento
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Pela previsão da Funceme, mais chuva forte cairá (Foto: fotos Samuel Setubal)
Foto: fotos Samuel Setubal Pela previsão da Funceme, mais chuva forte cairá

O Ceará registrou chuvas intensas na última quarta-feira, 15, com média de 61,8 mm, segundo a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme). Foi o dia mais chuvoso de janeiro desde 1994. Em Fortaleza, o acumulado chegou a 132 mm, causando alagamentos em áreas como Centro, Bairro de Fátima, Benfica e Praia de Iracema.

A quadra chuvosa de 2024 foi acima da média no Ceará, com 764 mm acumulados em todo o Estado e 1.253 mm no Litoral de Fortaleza, 51% acima da média histórica. Para 2025, a Funceme prevê uma quadra entre "normal" e "acima da média", enquanto os Profetas da Chuva, no campo popular, apostam em um "bom inverno cearense".

Faltando duas semanas para o início oficial da quadra chuvosa, que ocorre de fevereiro a maio, as chuvas são aguardadas como alívio para o calor, esperança de boa safra e abastecimento. No entanto, os recentes alagamentos em áreas centrais e nobres da Capital já geram preocupações sobre os impactos mais graves em regiões periféricas, onde a infraestrutura é mais precária.

Se a situação já é alarmante na pré-quadra chuvosa, como será quando atingir seu auge? Estamos no início de uma nova gestão municipal e esse é o alerta anual para a urgência de investimentos em infraestrutura e planejamento urbano. Sem ações preventivas e corretivas, as chuvas, que deveriam ser celebradas, continuarão causando perdas materiais e psicológicas, especialmente para a população mais vulnerável.

 

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