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Segurança pública: o eterno desafio do Ceará
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Segurança pública: o eterno desafio do Ceará

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Elmano de Freitas, governador do Ceará (Foto: Samuel Setubal)
Foto: Samuel Setubal Elmano de Freitas, governador do Ceará

O governador Elmano de Freitas (PT) reconheceu ao longo da semana estar insatisfeito com os resultados da segurança pública. Pudera: desde o início da gestão Elmano não houve queda no número de homicídios. Em 2024, foram 3.272 ocorrências no Estado, aumento de 10,16% em relação a 2023. Em 2023, os registros de assassinatos foram, exatamente, os mesmos do ano anterior: 2.970.

Há o adendo de que, diferentemente de crescimentos ocorridos em outros anos, há uma redução nacional no número de assassinatos — 2024 registrou o menor número de mortes no País desde 2015, primeiro ano da série histórica do Ministério da Justiça. É um indicativo de que não há um fator exógeno afetando a questão no Estado — como em 2017 e 2018, por exemplo — e que, portanto, são precisos ações, sobretudo, territorialmente concentradas — o que não inviabiliza ações do Governo Federal, mas que deverão estar melhor amarradas a dinâmicas locais.

O desafio da gestão, é não fazer mais do mesmo ou, pelo menos, tentar resgatar o que caiu em desuso, mas deu resultado no passado. A segurança pública é uma área especialmente complicada porque são esperados resultados em curto prazo, o que, muitas vezes, nem políticas bastante acertadas conseguem. Medir impacto em políticas públicas de segurança é um esforço dos mais difíceis, sobretudo, em um País que pouco faz esse tipo de auferição. É, porém, necessário diante da imensa perda humana causada pela violência todos os dias no Estado.

 


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