Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e do programa Cozinha Solidária protestaram em frente à Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) nesta terça-feira, 25. Ação reivindicava a redução no preço de alimentos e propunha a realização de feiras e bancos de alimentos como forma de reduzir os custos.
Grupo foi recebido pelo deputado federal De Assis Diniz (PT), que é também primeiro-secretário da Alece, e deverá ter encontro com representantes da Prefeitura de Fortaleza nesta quarta-feira, 26.
"Achamos que feiras populares na periferia de Fortaleza que reúnam campo e cidade com cooperativas gerariam mais emprego, fariam a economia girar e dariam uma alimentação de qualidade para as pessoas. Eu sou a favor que a comida venha direto do produtor para os principais bairros da Cidade", afirmou Sérgio Farias, coordenador do MTST-CE.
Em outro objetivo, sugere-se a integração do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para fortalecer a economia solidária e gerar trabalho e renda nas periferias. O Movimento defende que parte dos alimentos comprados com verbas federais seja repassada para a venda nas comunidades.
Sérgio ressalta ainda a importância de implantar feiras populares em residenciais como o Alameda das Palmeiras, Orgulho do Ceará, José Euclides e Cidade Jardim. Todos na Capital. "Pessoas mais pobres e os idosos são o público que mais é afetado pelo aumento dos preços da cesta básica", afirma.
Conforme o militante, a doação de comida resolve a questão de forma apenas imediata. "A ideia é pensar o combate à fome como um ecossistema", frisa.
Daniele Lopes, 39, assistente administrativa e militante do MSTS, ingressou ao Movimento em 2016 devido ao grupo Povo Sem Medo, do bairro Bom Jardim. "Vi que a gente só consegue mudança mesmo se formos à luta, se soltarmos o grito na garganta e sairmos para a rua", afirma.
Segundo informações da equipe de trabalho do deputado e primeiro-secretário da Alece, De Assis Diniz (PT), o encontro com os integrantes do MTST discutiu a implantação de feiras populares, a construção de um banco de alimentos e de um centro de abastecimento para pessoas de baixa renda, além de problemas relacionados com a violência em algumas comunidades. Demandas sobre moradia também estiveram na pauta.
“Meu compromisso com a comissão foi o de fazer a ponte com os órgãos governamentais relacionados com as pautas, tais como as secretarias de Desenvolvimento Agrário (SDA), Cidades (Scidades) e Secretaria de Segurança Pública e Defesa da Cidadania (SSPDC). O objetivo é tentar resolver os problemas pontualmente”, informou De Assis.