O tarifaço de Trump chegou ao Brasil com o percentual mínimo aplicado por ele aos países, de 10%. Mesmo no mais baixo patamar de taxação, não é um movimento positivo para o País. É mais custo das exportações brasileiras para o segundo maior, até então, "parceiro comercial". O primeiro é a China. E o movimento norte-americano contra os produtos daqui nem sequer fez sentido no discurso que o presidente dos Estados Unidos prega de reciprocidade, quando fala em querer mais vantagens para o país dele.
Isso porque o Brasil, por exemplo, juntamente com a Austrália e o Reino Unido, ficavam entre os maiores déficits nessa relação comercial. Eram inclusive chamados de países limpos. Na verdade, nada fez sentido. Sem mostrar os cálculos, parece até mesmo que foi só colocar na IA Grok: 'Em quanto devo taxar os outros países' e ela deu uma lista a Trump. Brinco assim, pois quando a inteligência artificial erra, ela potencializa esse erro exponencialmente. O aparecimento das ilhas Heard e Mcdonald (ambas em território australiano), na tabela de botequim apresentada na quarta-feira, 2 de abril, locais estes que não têm habitantes e são povoadas por pinguins, somente escancara a esquisitice ou bizarrice que anda acontecendo no mundo. Heard e Mcdonald sequer fizeram transações comerciais com os Estados Unidos para entrarem no tarifaço em busca de reciprocidade comercial.
Fato é que vimos a semana fechar com os principais mercados mundiais em queda. E não foi um evento inesperado da natureza, como um furacão, ou uma pandemia, ou porque um banco faliu. Foi mesmo porque Donald Trump tomou uma decisão sem precedentes na história para forçar que as empresas produzam nos Estados Unidos, mas que de imediato causou um rebuliço nos mercados e fez com que uma nova ordem econômica mundial de parcerias começasse a se desenhar. Portanto, o Dia da Liberdade citado por Trump pode ser o começo da liberdade para que outras parcerias comerciais, como as que o Brasil tem, fortaleçam-se.