A indústria do Ceará registrou o pior desempenho de produção no Brasil, com uma retração de 3,9% na passagem de março para abril. O índice ficou abaixo do nacional, que obteve variação de 0,1%. Confira mais abaixo o ranking de abril.
Os dados são da série com ajuste sazonal da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional, divulgada nesta quarta-feira, 11, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com essa queda, o Ceará acumulou, no primeiro quadrimestre de 2025, um recuo no desempenho do setor industrial de 1,8%, em relação à igual período de 2024.
O cenário se mantém negativo no comparativo anual de abril, no qual a produção caiu 5,3%. Entretanto, considerando o acumulado nos últimos 12 meses, foi observada uma alta de 3,8%.
Nos primeiros quatro meses de 2025, dos 11 segmentos industriais cearenses incluídos na PIM, em cinco a produção retraiu na comparação com 2024.
As quedas mais expressivas foram observadas nos setores de vestuário (-2,18%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-2,11%) e refino e biocombustíveis (-1,9%).
Já os destaques positivos ficaram com produtos químicos (1,8%), metalurgia (1,29%) e produtos de couro e calçados (0,61%). Confira a lista completa:
Nove dos 15 locais investigados pela PIM Regional recuaram na passagem de março para abril, quando a produção industrial do País variou 0,1%.
As maiores quedas foram registradas no Ceará (-3,9%) e Espírito Santo (-3,5%), enquanto Pernambuco (31,3%) assinalou o avanço mais intenso, alcançando, inclusive, a expansão mais elevada da série histórica.
O gerente da PIM, André Macedo, explicou que apesar do resultado próximo à estabilidade, "frente ao patamar alcançado em dezembro do ano passado, a atividade industrial acumula expansão de 1,5%".
“Verifica-se um predomínio de taxas positivas, alcançando 3 das 4 categorias econômicas e 13 dos 25 ramos industriais pesquisados. Vale destacar que com esses resultados, a produção industrial se encontra 3% acima do patamar pré-pandemia, ou seja, fevereiro de 2020, mas ainda 14,3% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011”, destacou.
Considerando o comparativo com abril do ano passado, a produção industrial do país registrou uma variação de -0,3%, interrompendo dez meses consecutivos de crescimento.
“O recuo verificado no índice de abril frente a abril do ano passado foi influenciado não só pelo efeito-calendário, já que abril de 2025 teve dois dias úteis a menos, mas também pela base de comparação elevada, uma vez que em abril de 2024 a atividade industrial avançou 8,4%”, analisou André.