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Líder da GDE com atuação em todo o Ceará é preso em operação da Polícia Civil
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Líder da GDE com atuação em todo o Ceará é preso em operação da Polícia Civil

Polícia Civil prendeu, em Maracanaú, um dos principais líderes da facção GDE, durante operação que cumpriu 30 mandados de prisão
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AO TODO, 30 mandados de prisão foram cumpridos (Foto: SSPDS/Reprodução)
Foto: SSPDS/Reprodução AO TODO, 30 mandados de prisão foram cumpridos

Um homem, apontado como uma das principais lideranças da facção criminosa Guardiões do Estado (GDE), foi preso na manhã desta quinta-feira, 24. O suspeito, que não teve a identidade revelada por motivos de investigação, foi capturado no município de Maracanaú, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).

Segundo as autoridades, o homem exercia um papel estratégico na organização. “O indivíduo que é uma das principais lideranças dessa facção aqui no Ceará. O papel dele dentro da organização era exatamente o de repassar ordens aos demais integrantes da facção”, afirmou Matheus Araújo, diretor do Departamento de Polícia Civil da Região Metropolitana (RMF).

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A prisão aconteceu durante a Operação Horda, deflagrada pela Polícia Civil na primeiras horas da manhã desta quinta-feira, 24. A Operação teve como objetivo desarticular a rede criminosa. Os detalhes foram divulgados durante coletiva de imprensa no Centro Integrado de Segurança Pública (CISP). 

Além do líder capturado, foram cumpridos outros 29 mandados de prisão, sendo oito deles contra pessoas já presas. Também foram cumpridos 89 mandados de busca e apreensão em Fortaleza, Região Metropolitana e interior do Estado.

As ações ocorreram em bairros de Fortaleza, como Pici, Jangurussu e comunidade do Dendê, e em cidades como Maracanaú, Paracuru, Caucaia, Horizonte, Baturité, Tianguá, Morrinhos, Tauá e Cedro.

“Só o fato de integrar uma facção já constitui crime. Mas, além disso, alguns investigados vão responder por outros delitos, como tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo. Isso varia de acordo com o envolvimento de cada um”, explicou Matheus Araújo.

Homicídio foi o ponto de partida

Segundo o delegado Alex Murador, titular da 1ª Delegacia de Maracanaú, as investigações começaram após um homicídio ligado a conflitos entre facções rivais. A partir da prisão de um suspeito do crime, a Polícia teria encontrado material que permitiu abrir uma nova linha de investigação. A prisão ocorreu no fim de 2023 e o material apreendido foi analisado no início de 2024.

“A investigação passou a focar na identificação dessas pessoas, na confirmação da participação delas na organização criminosa e na definição do papel que cada uma exercia dentro do grupo”, acrescentou.

Durante a operação, outros dois alvos que já tinham mandado de prisão foram flagrados com drogas e autuados por tráfico. Um adolescente também foi apreendido, após ser encontrado com entorpecentes durante o cumprimento de um mandado em uma residência.

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Ao todo, 47 mandados de prisão foram expedidos para a Operação Horda. As equipes da Polícia Civil seguem em campo para localizar os demais alvos.

“Vamos tentar cumprir os mandados restantes nos próximos dias. A expectativa é de que, em até 10 dias, consigamos concluir a investigação e encaminhar o inquérito à Justiça”, afirmou o delegado Alex Murador.

Com 300 policiais civis estiveram em campo durante a Operação, além de uma equipe da Polícia Militar do Ceará (PMCE). O nome “Horda” faz alusão ao comportamento violento e desorganizado dos investigados, que, segundo a Polícia, atuavam de maneira indisciplinada e provocando desordem social.

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