Aos sete meses de idade, Hydra já havia garantido o título de campeã mundial em premiação da Romênia, no final de outubro. Mas a sua presença na Exposição Agropecuária e Industrial do Estado do Ceará (Expoece), nesta quarta-feira, 12, em Fortaleza, rendeu à felina um mérito extraoficial: a de encantadora de crianças.
Os pequenos estão maravilhados — apontam, abrem a boca para expressar o espanto, pedem ao tutor da gata, Bruno Machado, que a segure para tirar fotos e sorriem quando as mães apontam a câmera do celular. Depois seguem pelo espaço, acariciando os felinos que, ao lado de Hydra, compõem a 2ª Exposição de Gatos da Expoece.
“Você vê o brilho nos olhos das crianças”, descreve Bruno. “Eu acho que isso não tem preço: elas saem daqui com uma outra mentalidade. A proximidade com os animais ajuda, sem dúvida, no bom preparo de uma criança para o futuro, e poder contribuir com isso é algo ímpar, né?”, se orgulha.
A presença dos felinos, iniciada no dia 8 de novembro, foi retomada na quarta-feira, e deve encerrar nesta quinta-feira, 13, no Parque de Exposição Governador César Cals. O horário segue das 15 às 21 horas.
Hydra, que é uma gata da raça maine coon, originária do território norte-americano e popularmente conhecida como “gigante gentil”, divide as atenções do público com outros colegas, igualmente felinos e premiados. Entre eles, estão persas, bengals e munchkins.
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A criadora de gatos persas, Cassandra Souza, que também participa da exposição, relata que a vida das “celebridades” peludas é acompanhada de responsabilidades, todas essenciais para a saúde dos felinos.
“Eles exigem cuidados diários, como escovação. Se não, a pelagem dá um nó, porque o persa é muito peludo”, diz. “Além disso, são braquicefálicos, o respirar deles é diferente de gatos comuns. Então, eles lacrimejam muito por isso e a gente precisa estar sempre limpando”.
A curiosidade infantil é outro ponto em comum ecoado pelos criadores. Ezequiel Albuquerque se dedica à criação de nove raças de gatos diferentes há 25 anos. Ele conta que recebeu aos 9 anos de idade uma gata da raça maine coon do pai, o que o inspirou na criação dos animais.
“A gente procura trazer aqueles gatos que já participam de campeonatos, tanto dentro do Brasil como fora. O nosso último campeonato foi na França, na qual a minha gata foi campeã”, relembra.
O público da exposição felina transforma a fila, que cruza uma seção da Expoece. A cada oito minutos, um grupo de oito pessoas tem a oportunidade de acariciar os gatos premiados e registrar o momento nas câmeras.
O tempo de interação pode parecer curto, mas é o suficiente para encantar uma das visitantes, a fotógrafa Beatriz Amadeu, 25. “A gente não costuma ver muito esses gatos diferentes, né? E os maiores (da raça maine coon) me encantam muito… Eles têm uma cara de bravo, mas ao mesmo tempo é muito lindo, parecem uns tigres”, elogia.
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