Logo O POVO+
HIV: Brasil tem menos de 10 mil óbitos por aids pela primeira vez em três décadas
Comentar
Farol

HIV: Brasil tem menos de 10 mil óbitos por aids pela primeira vez em três décadas

País registrou ainda a queda de 7,9% nos casos de gestantes com HIV (7,5 mil) e de 4,2% no número de crianças expostas ao vírus (6,8 mil)
Edição Impressa
Tipo Notícia Por
Comentar
TESTAGEM, preservativo e de profilaxias são formas de prevenir o HIV (Foto: Lorena Louise/Especial para O POVO, em 30/1/2025)
Foto: Lorena Louise/Especial para O POVO, em 30/1/2025 TESTAGEM, preservativo e de profilaxias são formas de prevenir o HIV

Pela primeira vez em três décadas, o Brasil registrou menos de 10 mil óbitos por aids. Foram 9,1 mil mortes em 2024, representando uma queda de 13% quando comparado a 2023.

Os dados são do novo boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde (MS) no Dia Mundial de Luta contra o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV, sigla em inglês), na segunda-feira, 1º, e o início do Dezembro Vermelho, mês de conscientização sobre HIV e aids.

“Alcançamos o menor número de mortes por aids em 32 anos. Esse resultado só foi possível porque o SUS oferece gratuitamente as tecnologias mais modernas de prevenção, diagnóstico e tratamento. Os avanços também permitiram ao país alcançar as metas de eliminação da transmissão vertical como problema de saúde pública”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Apesar dos avanços, o ministro admite que a data também serve para alertar e para enfrentar as desigualdades no acesso universal à prevenção e ao cuidado continuado.

LEIA MAIS | Combate à Aids no Ceará: histórias que marcaram gerações

“Tem muita coisa para alertar ainda, muito para melhorar, para cuidar das pessoas, no acesso à saúde, no combate ao estigma, na prevenção”, publicou em sua rede social.

O País registrou ainda a queda de 7,9% nos casos de gestantes com HIV (7,5 mil) e de 4,2% no número de crianças expostas ao vírus (6,8 mil). Caiu pela metade o início tardio da profilaxia neonatal.

A eliminação da transmissão vertical, de mãe para bebê, como problema de saúde pública ocorreu devido à taxa abaixo de 2%. A incidência da infecção em crianças ficou abaixo de 0,5 caso por mil nascidos vivos.

O Brasil também atingiu mais de 95% de cobertura em pré-natal, testagem para HIV e oferta de tratamento às gestantes que vivem com o vírus. Isso significa que o país interrompeu, de forma sustentada, a infecção de bebês durante a gestação, o parto ou a amamentação.

Esses avanços aproximam o Brasil das metas globais 95-95-95, que preveem que 95% das pessoas vivendo com HIV conheçam o diagnóstico, 95% delas estejam em tratamento e 95% das tratadas alcancem supressão viral. Duas das três metas já foram cumpridas pelo país.

LEIA | Antes os ricos, agora os pobres: a mudança do perfil de pessoas que convivem com o HIV

A distribuição de preservativos e ferramentas como a PrEP e a PEP, que reduzem o risco de infecção antes e depois da exposição ao vírus, são algumas das estratégias para reduzir os casos de HIV.

Desde 2023, o número de usuários da Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) aumentou 150%, o que corresponde a 140 mil pessoas utilizando o medicamento diariamente. Esse resultado também fortalece a testagem, já que os usuários precisam realizar o exame com frequência maior. (Com Agência Brasil)

O que você achou desse conteúdo?