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Parlamento do Peru elege Francisco Sagasti como novo presidente interino do Peru
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Parlamento do Peru elege Francisco Sagasti como novo presidente interino do Peru

Sagasti, o terceiro a comandar o país em pouco mais de uma semana, deve permanecer no cargo até julho, quando assume o futuro presidente eleito
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EX-FUNCIONÁRIO do Banco Mundial de 76 anos, Francisco Sagasti discursou ontem em frente ao Congresso, em Lima (Foto: Luka GONZALES / AFP)
Foto: Luka GONZALES / AFP EX-FUNCIONÁRIO do Banco Mundial de 76 anos, Francisco Sagasti discursou ontem em frente ao Congresso, em Lima

O parlamentar centrista Francisco Sagasti foi eleito nesta segunda-feira, 16, pelo Congresso como o novo presidente do Peru, o terceiro a ocupar o cargo em uma semana, com o desafio de encerrar uma crise política que levou milhares de cidadãos indignados às ruas.

Engenheiro de 76 anos que trabalhava para o Banco Mundial, Sagasti foi eleito o novo presidente do Congresso e cabe a ele assumir automaticamente a chefia de Estado, segundo a Constituição do país. Candidato único, Sagasti foi aplaudido por seus colegas no plenário assim que superou os 60 votos necessários para ocupar o cargo.

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O parlamentar deverá concluir o atual período de governo, que termina em julho de 2021, após a destituição do presidente Martín Vizcarra há uma semana e a renúncia de seu sucessor, Manuel Merino, apresentada no domingo, 15.

Antes do acordo, uma primeira votação, feita à meia-noite, fracassou - o Congresso rejeitou o único nome apresentado na ocasião, Rocío Silva-Santisteban, uma defensora de direitos humanos de esquerda que conseguiu apenas 42 votos.

A crise recente começou quando o presidente Martín Vizcarra, um político popular independente que se chocava há tempos com o Congresso devido à sua posição anticorrupção, foi retirado do cargo pela legislatura na semana passada devido a alegações de corrupção - que ele nega.

Foi o segundo processo de impeachment enfrentado por Vizcarra em dois meses, após ele sobreviver ao primeiro em setembro.

Merino, que como presidente do Congresso comandou as duas iniciativas de impeachment, sucedeu Vizcarra, mas também renunciou depois que duas pessoas morreram em protestos contra seu governo recém-formado e parlamentares ameaçaram afastá-lo a menos que ele deixasse o posto.

O principal tribunal do Peru começou a debater nesta segunda-feira, 16, se o impeachment e o afastamento de Vizcarra foram constitucionais, o que pode abrir as portas para uma volta dramática. (AE)

 

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