O novo Plano Diretor Participativo se encontra em tramitação na Câmara Municipal de Fortaleza, sendo analisado e recebendo as emendas dos representantes do povo naquela casa. Há seis anos ocorre o processo de revisão do atual Plano Diretor, tendo resultado em proposta por parte do Núcleo Gestor responsável por seu acompanhamento, composto por representantes da sociedade civil e de órgãos públicos.
Ocorreram audiências públicas, em que houve contribuições da população, do Ministério Público e Universidades. A proposta elaborada foi submetida, discutida e homologada na Conferência das Cidades fundamentada na sustentabilidade, crescimento econômico, geração de oportunidades e serviços, preservação e aumento de áreas verdes, do patrimônio cultural e ambiental e da mobilidade urbana.
O que se espera é que tenha um plano diretor no que tange ao uso e ocupação do solo integrado com o plano de mobilidade urbana, já que o recomendável é que haja uma relação harmônica entre os mesmos. Os eixos de transporte público vias e faixas exclusivas de ônibus, linhas de metrô e VLT devem estar conectados aos corredores estruturantes do sistema viário básico. Pois assim ocorrendo, permitirá maior facilidade do usuário no acesso a esses eixos.
As centralidades ou sub centros do espaço urbano devem ser interconectados através dos corredores de transporte. Maiores densidades devem ser propostas para o entorno de terminais e estações de metrô pois se tratam de potenciais centralidades, devendo ser pensado uso misto para as mesmas. Maiores adensamentos devem ocorrer ao longo dos chamados BRT"s as vias exclusivas de ônibus das avenidas Bezerra de Menezes, Aguanambi e futuramente da Av. Washington Soares e VLT.
Esses adensamentos nas áreas de entorno e ao longo dos eixos, desempenham papel fundamental no acesso a oportunidades da população a trabalho, moradia e equipamentos de saúde e educação. As áreas de Parangaba e Papicú já se apresentam como sub centros e polos de integração física e operacional, contam com terminais de ônibus, shopping centers, estações de VLT e linhas Sul e Leste (em execução) de metrô.
As ZEIS - Zonas Especiais de Interesse Social devem ser vinculadas aos eixos de transporte público. Podemos citar como exemplo o que ocorreu com a ZEIS - Lagamar e o VLT Parangaba - Mucuripe.
Enfim, se espera que o novo Plano Diretor da Cidade garanta um equilíbrio entre o desenvolvimento urbano, a preservação ambiental e uma mobilidade eficiente para sua população, com uma proposta de cidade socialmente mais justa e que possa reduzir as desigualdades através da localização de atividades, que permita aumentar a acessibilidade a empregos e serviços de saúde e educação.