Quando Erick Torres foi anunciado como CEO (diretor-executivo) da recém-criada unidade da ArcelorMittal no Pecém, em São Gonçalo do Amarante, há pouco mais de dois anos, o engenheiro metalúrgico nascido no subúrbio do Rio de Janeiro já tinha estudado bem a potencialidade da planta industrial cearense, administrada até então pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN).
Não era a primeira vez que ele deixava o estado natal para dar um passo decisivo em uma carreira que começou sem tantas perspectivas de ascensão, tanto pelas condições sociais que marcaram a sua infância quanto pelos próprios interesses profissionais iniciais, mais modestos.
“O meu propósito era assim: olha, eu vou ser um bom engenheiro”, lembra dos primórdios da carreira, em 2002.
“Você imagina: um garoto que veio do subúrbio do Rio de Janeiro, criado em um lugar onde não tinha acesso a ninguém, não conhecia nenhum engenheiro para dizer qual era o papel dele. Então, quando surgiu a oportunidade de trabalhar em uma das maiores empresas de produção de aço do planeta, foi como uma oportunidade de ouro na minha vida”, prossegue Erick Torres.
A chance apareceu em um estado vizinho, o Espírito Santo, na ArcelorMittal Tubarão, na cidade de Serra, onde começou como engenheiro trainee. “Foi a planta que mais me encantou na época. Ela tinha capacidade de produção de 7,5 milhões de toneladas. Eles nos receberam como alunos de forma única, com muita paciência. Aquilo me chamou muito a atenção”, disse.
Daí foram dez anos ascendendo e aprendendo gradualmente na ArcelorMittal, com a vida baseada em terras capixabas, até que surgiu uma oportunidade, em uma nova empresa, de voltar ao Rio de Janeiro, a ThyssenKrupp. “Foi uma experiência muito distinta: montar times e vê-los evoluírem, passando pela fase de aprendizado”, comparou.
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