Para Paulo Sérgio Farias Gonçalves, 53, a cultura deve ser uma ferramenta de luta na construção de políticas públicas que surjam das comunidades e para elas, e não pensadas apenas a partir da visão de quem não vive as realidades das periferias urbanas.
Ativista, coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto do Ceará (MTST-CE) e um dos idealizadores de iniciativas como a Cozinha Solidária, a Agência de Correios Comunitária e o Zona Viva, Sérgio Farias vive a luta por direitos mesmo antes de se reconhecer como sujeito político.
Sem medo de falar e com o desejo de ser ouvido, participa de movimentos sociais e culturais desde os 8 anos de idade, quando ainda morava no Complexo da Rocinha, no Rio de Janeiro, e integrava o Coletivo da Escola Paula Brito, atuando nas áreas de fotografia e audiovisual.
Hoje morador do Conjunto Habitacional José Euclides, egresso da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e ex-estudante de Direito, ele carrega uma trajetória marcada por resistências e pelo compromisso com um futuro mais digno para as crianças das periferias de Fortaleza.