Logo O POVO+
Arthur Sendas: O mundo perdeu a cor, mas ganhou forma e beleza
Paginas-Azuis

Arthur Sendas: O mundo perdeu a cor, mas ganhou forma e beleza

|Acessibilidade| Startup See U reformulou seu modelo de negócios após vivências de seus criadores. Perdas, prognóstico de morte, coma e, agora, a virada de chave
Edição Impressa
Tipo Notícia Por
A ideia da startup aflorou na faculdade (Foto: Arthur Sendas/Arquivo Pessoal)
Foto: Arthur Sendas/Arquivo Pessoal A ideia da startup aflorou na faculdade

Um mundo sem cores, sem formas, às vezes, apenas com vultos ou escuro. Os sentidos se aguçam e é importante confiar no olfato, no equilíbrio, nas texturas, nos sons e na ajuda de terceiros.

No caso específico de Arthur Sendas, fundador da startup See U App, o que o acometeu de nascença foi uma acromatopsia. A acuidade se reflete em incapacidade de ver cores, além de baixa visão e crises de enxaqueca.

A deficiência visual severa, porém, o fez enxergar além. Mais no sentido de ver o mundo de outra maneira.

A partir de si, a criatividade se aflorou e Arthur transformou a necessidade em auxílio.

Com o uso de tecnologias, como ecolocalização (pelo som), realidade virtual e Inteligência Artificial, o empresário tentou 'dar cor' ao entorno de quem tem o mesmo que ele ou é até cego.

CLIQUE AQUI PARA LER ESTA HISTÓRIA NA ÍNTEGRA

Tentativa

No TCC da faculdade, Arthur fez um jogo para pessoas cegas. Em 2013, investiu no óculos de realidade virtual, em que o headset detectaria obstáculos. Construiu um protótipo do equipamento junto com os ainda então amigos de faculdade, Sérgio Gomes Júnior, e Jaqueline Sendas, engenheira. O projeto foi parar em competição de startups de Portugal e foi aprovado.

Evolução

A bateria dos óculos, porém, era pesada e o aparelho não era nada funcional. Pensaram em colares, pulseiras, até chegar ao crachá que se conectava a um aplicativo, conectando três tecnologias, como a ecolocalização, que traduz obstáculos e caminhos a partir dos sons espaciais para guiar o usuário.

Uso

Atualmente, além da ecolocalização, a parte da inteligência artificial lê placas, livros, descreve objetos e responde a comandos de voz, sugerindo rotas mais seguras e personalizadas. A realidade virtual é usada em treinamentos e simulações, treinando pessoas cegas ou equipes de apoio em novas rotas e experiências, antes de o usuário ir para o mundo real.

O que você achou desse conteúdo?