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Subconselho da Assembleia aprova suspensão do mandato de André Fernandes por 30 dias
Politica

Subconselho da Assembleia aprova suspensão do mandato de André Fernandes por 30 dias

Processo ainda passa por outras etapas até cjhegar ao plenário. No entanto, deputados acreditam que o caso deverá ser resolvido em 2019, antes da Casa entrar em recesso
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 Deputado André Fernandes ao deixar uma das reuniões em que a punição a ele foi pauta (Foto: Deísa Garcêz/Especial para O Povo)
Foto: Deísa Garcêz/Especial para O Povo  Deputado André Fernandes ao deixar uma das reuniões em que a punição a ele foi pauta

O Subconselho de Ética da Assembleia Legislativa do Ceará aprovou o relatório da deputada estadual Augusta Brito (PCdoB) para suspender por 30 dias o mandato do deputado André Fernandes (PSL). O parecer refere-se à denúncia apresentada pelo deputado, ainda em junho, na qual ele relaciona e-sports a jogo do bicho, concluindo, assim, que Nezinho Farias (PDT) seria ligado à facção criminosa. Todos os votos do colegiado foram pela suspensão. O único a não votar foi Acrísio Sena (PT), que na véspera havia discutido com o bolsonarista em plenário. São cinco os integrantes do subconselho. Fernanda Pessoa (PSDB), em Brasília, não compareceu à reunião.

Agora, o relatório segue para o Conselho de Ética. Se este colegiado votar pelo prosseguimento do processo, o presidente da Casa, José Sarto (PDT), o terá em mãos. Cabe ao pedetista enviar à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa. Nesta fase, apenas se averiguará se todo o rito foi devidamente cumprido, se algum desvio foi ou não cometido. Se a CCJ decidir que tudo se sucedeu corretamente, o processo volta para Sarto, que define o dia para levá-lo a plenário.

Apesar de o trâmite ser longo, deputados ouvidos por O POVO acreditam que o caso será encerrado ainda neste ano. O presidente do Conselho de Ética, Antônio Granja (PDT), tem até quatro sessões para convocar o colegiado após ter recebido relatório. "Acredito que deva se reunir na quarta ou na quinta-feira", projeta Granja sobre a próxima etapa. Ele também preside a CCJ da Casa.

Relatora no subconselho, Augusta Brito (PCdoB) leu parecer por mais de uma hora durante a reunião. Depois, dois advogados fizeram a defesa de Fernandes. Ela não quis falar sobre o teor do documento, já que secreto. Mas, adiantou que, caso não conseguisse encaminhar relatório a Granja ainda ontem, o faria nesta quinta.

Ao deixar o salão nobre da Presidência da Casa, onde se deu a reunião, Fernandes se recusou a dar entrevista coletiva, já que O POVO estava à espera dele e dos demais membros do subconselho. "Tem Jornal O POVO?", perguntou. Deixou o ambiente ao ouvir que sim. A reportagem questionou a assessoria sobre as razões dele. A equipe disse, via WhatsApp, "um minuto", mas não respondeu.

Vindo de entrevero com Fernandes da última terça-feira, 26, Acrísio Sena disse que houve interação normal com o pesselista durante reunião. "Debate virado, o debate político do plenário foi o debate político do plenário", separou. Disse ainda que não pretende representar contra Fernandes no Conselho de Ética, apontando quebra de decoro em razão dos vídeos publicados pelo pesselista sobre o governador Camilo Santana (PT) e a inauguração da CE-060. Ele havia qualificado a conduta como indecorosa.

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