A votação para a lista tríplice com candidatos ao cargo de procurador-geral de Justiça (PGJ) para o biênio 2020-2021 escolheu o promotor Manuel Pinheiro, a procuradora Vanja Fontenele e o promotor Nestor Cabral, os quais alcançaram, respectivamente, 262, 177 e 160 votos.
Caso não haja recurso, o resultado do pleito com os três candidatos mais votados será encaminhado na próxima segunda-feira, 9, ao governador Camilo Santana, que terá o prazo de 20 dias para se manifestar quanto à escolha do nome. A posse do novo gestor do Ministério Público estadual (MPCE) deverá ocorrer no dia 6 de janeiro de 2019.
A eleição foi realizada ontem no auditório da PGJ. 301 membros do Ministério Público votaram na Capital em urna eletrônica e outros 66 registraram a escolha por meio de cédulas enviadas à PGJ por protocolo ou Correios.
 Candidato mais votado, o promotor Manuel Pinheiro, falou sobre o processo de votação. "A campanha eleitoral teve um nível muito elevado e foi propositiva, sendo uma disputa respeitosa. Agora é aguardar a decisão do governador, que tem a prerrogativa constitucional de fazer a escolha do nome que irá ocupar o cargo de procurador-geral", afirmou.
"O Ministério Público tem uma gama de atribuições muito ampla, como a promoção da ação penal, e também desempenha um papel importante no sistema de segurança e Justiça, áreas que, por sinal, queremos aumentar a eficiência. Além disso, exerce atuação relevante na promoção dos direitos fundamentais, na tutela dos interesses das pessoas hipossuficientes e vulneráveis. Queremos para o próximo biênio incrementar essas ações do Ministério Público como órgão protetor de direitos fundamentais", destacou.
A procuradora Vanja Fontenele elencou algumas das prioridades para a PGJ: "minha intenção é que se avance em relação às sedes próprias nos municípios, algo que não possuímos, assim como ampliar o uso da tecnologia a favor do nosso trabalho — não só o de investigação, mas também aquele desempenhado junto a idosos, infância, juventude e educação. Há, atualmente, muitos recursos que podem ser utilizados tanto para a compilação de dados quanto para traçar estratégias que melhor atendam ao que a sociedade precisa", afirma.
O promotor de Justiça Nestor Cabral destacou o processo democrático para escolha do ocupante do cargo de PGJ. "É um processo que fortalece a nossa instituição. Daqui sairemos mais fortes para construir um MP cada vez mais próximo da sociedade e dos valores expresso na Constituição", afirma. "As metas da gestão para o próximo biênio serão a defesa dos direitos fundamentais e a colaboração para reduzir os índices de criminalidade e da sonegação fiscal", diz.