Pelo segundo dia consecutivo, o presidente Jair Bolsonaro foi alvo de protestos nas principais cidades do País. Ontem, moradores de ao menos 21 capitais fizeram panelaços contra o presidente. Marcados inicialmente para as 20h30min, os atos ocorreram ao longo do dia, nos horários em que Bolsonaro participava de duas entrevistas coletivas para falar sobre medidas para combater o coronavírus.
Em Fortaleza, os bairros Meireles, Aldeota, Dionísio Torres, Cocó, Fátima, Papicu, Parquelândia, Varjota, Benfica, Maraponga, Messejana, Cambeba, e Jacarecanga registraram protestos. Além de bater em panelas, alguns manifestantes contra o presidente entoaram gritos de "Fora Bolsonaro". Os atos ocorreram após o deputado distrital Leandro Grass (Rede), encaminhar à Câmara na última terça-feira, 17, o pedido de impeachment de Bolsonaro. A alegação é de envolvimento do presidente com milícias do Rio de Janeiro e em razão da participação dele em protestos contra o Congresso e o STF, desrespeitando as medidas de segurança impostas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
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Na Capital cearense, três bairros da cidade tiveram projeções de frases contra Bolsonaro em prédios. Na Aldeota, um dos bairros mais nobres de Fortaleza, moradores realizaram projeções com os dizeres "#Fora Bolsonaro", "Bolsonaro não é mais presidente" e "Bolsonaro, acabou" na fachada do prédio.
As falas que se transformaram em slogan dos protestos contra Bolsonaro foram proferidas por um haitiano na noite da última segunda-feira, 16, em frente ao Palácio da Alvorada, local onde normalmente apoiadores do presidente se reúnem ao fim de cada dia.
Desde o início da tarde de ontem, o presidente tentou neutralizar o efeito do protesto contra o governo. Nas redes sociais e em uma das entrevistas, Bolsonaro divulgou a existência de um outro panelaço, que aconteceria às 21 horas e seria a favor do governo. Apesar dos esforços, houve registros de mobilização pró-governo em oito capitais até o fechamento desta página.
Em Fortaleza, O POVO identificou atos em favor do presidente nos bairros Cocó, Aldeota e Meireles com frases de "Mito" e "Viva Bolsonaro", mas sem registro das ações. (com agências)
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