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Prisão de Queiroz deixa Centrão feliz, diz Randolfe
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Prisão de Queiroz deixa Centrão feliz, diz Randolfe

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Randolfe Rodrigues é senador e integrante da CPI da Covid (Foto: Reprodução)
Foto: Reprodução Randolfe Rodrigues é senador e integrante da CPI da Covid

O entendimento do líder da oposição no Senado Federal ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), é de que a prisão de Fabrício Queiroz, suspeito de operar esquema de "rachadinhas" no gabinete do então deputado estadual e hoje senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), satisfaz setores do intitulado Centrão.

Ele avalia que quanto mais o governo sofre com instabilidades, mais esses agentes avançam sobre a máquina federal em troca de apoio em votações na Câmara e no Senado. Nessa perspectiva, o movimento também afasta a possibilidade de Jair Bolsonaro ser deposto.

Rodrigues se refere a um conjunto de partidos como PP, PL, Republicanos, PTB e PSD. Na Câmara, o grupo teria de dar apoio a eventual processo de impeachment, já que é integrado por mais de 200 parlamentares. Dos 513, são necessários 342 votos para o impedimento.

"Essa turma aí vai tirar até a cueca do Bolsonaro. Já pegou o cofrão do governo, que é o FNDE (o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, com orçamento de R$ 54 bilhões), O BNB aí", exemplificou em live realizada ontem com o editor e colunista do O POVO, Guálter George.

E adicionou: "Se tem uma turma que ficou feliz com o Queiroz, foi essa turma. Quanto mais fraco um governo, mais eles assaltam o governo."

Bolsonaro iniciou aproximação com o Centrão em maio, de modo a consolidar base no Congresso. Enquanto os partidos dão apoio em votações no Congresso de interesse do Planalto, o presidente oferece cargos federais para estes agentes.

Os contemplados nessa equação - que contradiz discurso de campanha de Bolsonaro - são Arthur Lira, líder do PP na Câmara, Ciro Nogueira, líder do mesmo partido no Senado, Roberto Jefferson, presidente nacional do PTB, além de Wellington Roberto (PL-PB) e Valdemar da Costa Neto (PL).

Costa Neto, por exemplo, já foi condenado e preso no esquema do mensalão petista. Jefferson, que se aproxima progressivamente do discurso bolsonarista, delatou a engrenagem de corrupção da qual participava e também foi preso, condenado por corrupção e lavagem de dinheiro. (Carlos Holanda)

 

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