O Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE) tem atuado no combate e na fiscalização do uso de notícias falsas no período eleitoral que se avizinha. Dentre as ações tomadas pelo órgão estão a realização de reuniões multidisciplinares com magistrados que atuarão no pleito deste ano, bem como a realização de cursos para garantir eficiência no combate à desinformação, além da apresentação de um aplicativo para divulgar informações oficiais.
Segundo o assessor-chefe da Presidência do TRE-CE, Caio Guimarães, os treinamentos ofertados possibilitam "maior eficiência na checagem e na apuração de informações", aumentando assim a celeridade do processo. Guimarães informou ainda que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) disponibilizou cursos para qualificar servidores envolvidos na fiscalização do pleito e que cada cartório eleitoral do Interior já conta com equipe apta a fiscalizar a propaganda eleitoral.
Já o aplicativo "Comunicação Pública", ferramenta recém-ofertada pelo TRE-CE, promoverá a utilização de canais de distribuição de informações e permitirá que juízes eleitorais de todo o Ceará gerem notícias oficiais na sua respectiva região, publicando links, portarias e informações necessárias sobre o processo eletivo.
Ana Carolina Alencar, chefe da ouvidoria do TRE-CE, explica que qualquer cidadão pode baixar o aplicativo em seu smartphone e cadastrar-se para receber informação das respectivas zonas eleitorais de seu interesse.
 "A preocupação da ouvidoria é orientar e dar diretrizes e informações corretas. Cada zona eleitoral do Estado terá um canal que passará as informações. Também teremos um canal específico onde as pessoas poderão fazer perguntas e tirar suas dúvidas. É uma forma de combater a desinformação", pontua.
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Na última segunda-feira, 21, durante evento de lançamento do Anuário do Ceará (2020-2021), o presidente do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), Washington Araújo, afirmou que a Justiça Eleitoral "está preparada" e destacou o papel do Judiciário nas eleições municipais, marcadas para novembro deste ano.
"O objetivo é que se evite que o uso das fake news manipule a vontade da população, que o poder econômico e o poder religioso interfiram na vontade popular. O papel do Judiciário é fazer com que as regras sejam cumpridas e que as eleições sejam limpas", disse no evento. (Leonardo Reis/especial para O POVO; colaborou Vítor Magalhães)