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Luizianne apresenta proposta de Bolsa Família Fortaleza
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Luizianne apresenta proposta de Bolsa Família Fortaleza

Candidata diz que ainda se debruça sobre números do programa para uma Cidade que ainda se debaterá com os problemas da pandemia
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LUIZIANNE Lins, do PT, questiona presença de RC nos programas de Sarto (Foto: Tarcísio Aquino/Divulgação)
Foto: Tarcísio Aquino/Divulgação LUIZIANNE Lins, do PT, questiona presença de RC nos programas de Sarto

A candidata Luizianne Lins lançou ontem na sede do PT o programa de governo que defenderá na disputa à Prefeitura de Fortaleza. A plataforma da petista se ampara em três eixos: o dos direitos humanos, que inclui saúde e educação; o da reconstrução econômica; e, por último, o da participação e transparência na gestão. A previsão é de que as páginas do programa sejam publicizadas amanhã. Um dos pilares do programa e da campanha petista será o agora intitulado Bolsa Família Fortaleza.

A proposta de implantar o programa de transferência e distribuição de renda, conforme adiantado ao O POVO pela candidata, será apresentado ao eleitor como meio de atenuar danos econômicos gerados pela pandemia de Covid-19. A iniciativa terá duração entre três e seis meses.

Luizianne sublinhou que as ideias estão fincadas na realidade e que não quer levar à disputa alternativas fantasiosas. "Quando você é candidato, você às vezes coloca várias questões que não pode cumprir no real, no concreto", ela disse, emendando que, no caso dela, as sugestões serão factíveis "porque a gente já esteve lá e sabe como é."

Além da petista, outros postulantes já sinalizaram para perfil similar de programa de renda básica, a exemplo de Renato Roseno (Psol) e de Heitor Freire (PSL). O psolista quer atingir famílias pobres com crianças de até seis anos. O pesselista, por sua vez, fala em Renda Fortaleza como complemento do auxílio emergencial federal.

Luizianne ainda define com a equipe que público quer contemplar em eventual terceira gestão, o número total de desempregados da Capital ou a parcela que perdeu postos de trabalho durante a crise do novo coronavírus. Uma das dificuldades para a conclusão da proposta, ela relatou à reportagem, é o acesso aos números consolidados destes públicos.

"Pesquisa para Fortaleza não tem e os dados da Rais Caged estão mais lentos depois do governo Bolsonaro, por conta do fim do Ministério do Trabalho", diz Alfredo Pessoa, ex-secretário de Planejamento da gestão da petista em Fortaleza e coordenador-geral do programa de governo.

"Essas contas estão sendo feitas para a gente não prometer o que não pode fazer, mas ao mesmo tempo propor uma coisa factível e viável porque é necessário", complementou Luizianne. Para ela possivelmente haverá necessidade de deixar de executar ações que provenham exclusivamente do caixa da administração, caso seja eleita, para viabilização do Bolsa Família Fortaleza.

Ou seja, obras com financiamento externo poderão seguir normalmente, segundo ela projeta. O programa Mais Ação, da atual gestão municipal, tem financiamento de seis instituições nacionais e internacionais, como Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Neste caso, as obras que estiverem inacabadas vão continuar em andamento. "Assim como ele (Roberto Cláudio) fez com as minhas e inaugurou, então vou fazer as mesmas coisas e inaugurar."

A "vocação para indústria têxtil" da Cidade é outro meio de recuperação que a candidata aposta e para o qual tem chamado atenção. O fardamento escolar das instituições municipais de ensino ser feito "pelas próprias mulheres que costuram em casa", para a petista, é uma das metas a serem perseguidas.

"São 220 mil alunos, então se você prepara essas pessoas, se o investimento seu seja o maquinário para que essas mulheres produzam, você vai ter uma cadeia produtiva girando dentro da própria Cidade, ou seja, as compras serem locais o máximo que elas puderem", estabelece a petista.

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