O primeiro dia de propaganda eleitoral dos candidatos à Prefeitura de Fortaleza foi marcado por apresentações. No rádio e na televisão, os postulantes ao Paço Municipal mostraram um pouco das trajetórias pessoais e das respectivas atuações na vida pública, além de reproduzir o tom da campanha até aqui, com imagens de rua e uso de nomes de lideranças já consolidadas. A propaganda também mostrou o desafio de levar as respectivas mensagens dentro do tempo que cada um tem disponível.
Capitão Wagner (Pros) abriu o Horário Eleitoral Gratuito falando em solidariedade com as vítimas da Covid-19, assumindo postura diferente a do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que naa última quinta-feira, 8, declarou apoio ao candidato do Pros em Fortaleza. Wagner falou ainda da trajetória profissional e política.
Dos nove nomes com direito a tempo de propaganda, sete marcaram presença na TV, à tarde, enquanto dois não apareceram. A propaganda de Anízio Melo (PCdoB) não figurou na TV, à tarde, porque segundo ele "houve um desajuste em relação a especificações técnicas", mas que apesar do contratempo a questão "já está resolvida". À noite, o programa dele foi transmitido normalmente. Alegando problemas de produção, Samuel Braga (Patriota) não apareceu ontem nem no rádio, nem na TV.
Anizio destacou a participação dele na viabilização de recursos para saúde e educação, ao lutar pelo Fundeb e pelo pré-sal, mesmo sem ocupar cargo público.
Disputando a primeira eleição majoritária da carreira política, José Sarto (PDT) focou em sua apresentação pessoal e profissional e destacou atuações na Câmara Municipal de Fortaleza e na Assembleia Legislativa do Ceará. O prefeito Roberto Cláudio (PDT) ocupou parte considerável da grade da campanha de Sarto na TV, maior tempo entre todos os candidatos, e reforçou ações da atual gestão na tentativa de atrelar uma ideia de continuidade a imagem do candidato pedetista.
Na televisão, Luizianne Lins (PT) enfatizou trajetória no Legislativo e nos oito anos de Prefeitura. Também disse que pretende dar "continuidade às boas coisas feitas", enquanto destaca que obras têm "participação direta do nosso companheiro Camilo Santana (PT)". O apelo ao citar o governador reforça o que já ocorre durante a campanha, com disputa entre petistas e pedetistas pela imagem de Camilo, que embora petista, tem afinidade política com o pedetismo local.
Heitor Freire (PSL) usou maior parte do programa eleitoral para reproduzir um jingle cuja letra trouxe algumas referências de propostas que devem ser apresentadas posteriormente, como o programa "Comando Cidadão". A proposta mencionada na peça é referente a investimento para aprimorar a Guarda Municipal na Capital com aumento de efetivo e melhorias quanto ao treinamento e a equipamentos utilizados. O pesselista também buscou demarcar seu local, mais à direita, em diversas frases e símbolos durante o programa.
Célio Studart (PV) aproveitou seus 11 segundos na TV para convocar eleitores a conhecê-lo nas redes sociais e criticar "as campanhas milionárias e os donos do poder". Segundo o candidato, elas são as responsáveis por tiraram seu tempo no Horário Eleitoral Gratuito.
Renato Roseno (Psol) iniciou com a palavra "solidariedade" junto às famílias que perderam alguém durante a pandemia do novo coronavírus e depois destacou necessidade de "mudar a política para garantir saúde, educação e moradia aos que precisam".
O candidato do Solidariedade, Heitor Férrer, destacou suas origens, em Lavras da Mangabeira, e apresentou-se de forma simples ao eleitor. Além de destacar parceria com o MDB, o programa apontou atuação do prefeiturável como médico no "atendimento às comunidades vulneráveis".