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Camilo declara apoio a Sarto e inicia esforço por frente contra Wagner
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Camilo declara apoio a Sarto e inicia esforço por frente contra Wagner

Governador afirma que o adversário do PDT, Capitão Wagner (Pros), representa a "política da violência"
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CAMILO reuniu imprensa no Abolição para coletiva na qual manifestou apoio a Sarto (Foto: Thais Mesquita)
Foto: Thais Mesquita CAMILO reuniu imprensa no Abolição para coletiva na qual manifestou apoio a Sarto

Camilo Santana (PT) não perdeu tempo. Já no primeiro dia após o término da etapa inicial da eleição, ontem, o governador do Ceará oficializou "apoio incondicional" ao candidato governista à Prefeitura de Fortaleza, José Sarto.

O postulante do PDT avançou para o segundo turno da corrida ao Palácio do Bispo contra Capitão Wagner (Pros), nome de oposição ao governador e a todo o grupo político da família Ferreira Gomes.

"Estarei à disposição do candidato Sarto para colaborar e contribuir, claro, respeitando todas as limitações e restrições da Justiça Eleitoral por conta da pandemia", disse o petista.

Segundo pesquisas O POVO/Datafolha, Camilo é a liderança com mais capacidade de influenciar o voto na Cidade, seguido do prefeito Roberto Cláudio (PDT).

Mais do que o gesto explícito em favor do presidente da Assembleia, o que já se aguardava, Camilo conclamou candidatos que disputaram o primeiro turno a apoiarem o aliado pedetista.

"Nós não podemos admitir que a política que fortalece e explora a violência unicamente com objetivos pessoais possa se sobressair neste segundo turno", ele afirmou numa referência a Wagner. (leia mais na página 5)

Camilo também classificou a candidatura do adversário como aquela que representa a intolerância, o ódio e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na Capital. "O que há de pior na política."

Durante o primeiro turno, o chefe do Executivo teve de se colocar neutro entre as candidaturas do PDT, principal legenda aliada e a que desejava apoiar, e do PT, agremiação a qual é filiado e que apresentou Luizianne ao eleitor.

Politicamente impossibilitado de gestos políticos abertos em favor de uma candidatura, operou contra Wagner adotando tom também visto ontem durante entrevista na residência oficial.

"Se tem uma coisa que a gente precisa fazer na vida pública é assumir as nossas responsabilidades. Todo mundo viu, todos os apoiadores do Capitão Wagner nessa eleição estiveram no motim (da PM), gente, é só olhar. Então, a pessoa querer negar, pra mim, isso é mentir para a população", enfatizou.

A coletiva de imprensa convocada pelo governador é mais um elemento de pressão sobre o PT, que deve hoje chegar a um entendimento sobre a posição que tomará no segundo turno.

Sabe-se evidentemente que a legenda não apoiará Wagner, ligado que é a Bolsonaro e aos setores conservadores da Cidade. Por outro lado, a relação entre petistas e trabalhistas sofreu desgastes no decorrer da campanha.

Luizianne sai de uma disputa cuja principal dificuldade, ela considera, foram os ataques dos quais foi alvo.

Questionado por O POVO sobre o teor das peças governistas contra a correligionária, Camilo preferiu responder que o "primeiro turno já passou".

E adicionou que tentará o apoio de Luizianne para a corrida das próximas duas semanas. Na primeira manifestação pós-primeiro turno, a ex-candidata se limitou a agradecer aos eleitores que a ajudaram a fazer o "bom combate, com uma campanha limpa", sem ainda informar concretamente qual será sua prática no segundo turno.

 

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