Um grupo de 15 vereadores busca criar uma frente parlamentar para fiscalizar o processo de vacinação contra a Covid-19 na Capital. O intuito do grupo é que o município esteja apto, o mais rápido possível, para receber os imunizantes, mas de olho nos gastos do Executivo.
"Protocolamos a criação da frente parlamentar, que é um instrumento legislativo muito importante, para que a Câmara possa assumir um papel de destaque e fiscalizar o Executivo. O primeiro papel é checar o quantitativo de insumos necessários para a aplicação da vacina", diz a vereadora Enfermeira Ana Paula (PDT), autora do requerimento.
A parlamentar explica que a logística de vacinação vai muito além do imunizante. "Falamos muito só da vacina, mas, para aplicá-la, precisamos de refrigeradores, agulhas, seringas, algodão, além de uma equipe de enfermeiros capacitados para manuseio".
A vereadora destaca que, mesmo fazendo parte da base do governo Sarto, o papel de fiscalização não será colocado em segundo plano.
"Temos que estar monitorando todo o processo licitatório, inclusive os insumos e o trabalho da Secretaria da Saúde, para saber qual é esse custo. Além de trabalhar para que a Câmara possa ajudar nesses custos, mas a fiscalização dos vereadores precisa ser efetiva".
A autora do requerimento explica que o contato com a oposição para compor a frente ocorreu de maneira harmônica.
"A relação foi muito harmoniosa e respeitosa, com a mudança do regimento, para ser protocolada uma frente, nós precisamos de 15 assinaturas. Foi uma sinalização muito positiva dos membros da oposição, uma vez que eu precisei esclarecer que não havia nenhuma intenção de politizar a imunização".
Como presidente do Conselho Regional de Enfermagem do Ceará (Coren), a vereadora busca agregar na relação entre Legislativo e Executivo.
"Queremos também analisar quais as possibilidades da Secretaria para realizar a vacinação em domicílio. Já ocorreu desta forma, em Fortaleza, a vacinação contra a influenza. Acreditamos que essa alternativa possa ser efetiva para os grupos prioritários, para evitar aglomerações nos postos de saúde".