O senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) foi eleito presidente do Senado e do Congresso Nacional na noite desta segunda-feira, 1º, em votação secreta e presencial na Casa. O democrata conquistou 57 votos, superando os 21 votos da segunda colocada, a senadora Simone Tebet (MDB-MS).
A candidatura de Pacheco contou com o apoio do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e de uma dezena de legendas. Entre elas, siglas de oposição ao governo como PT e PDT.
O resultado também é uma vitória do ex-presidente da Casa, o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), que atuou como cabo eleitoral do correligionário na articulação que garantiu a vitória em primeiro turno.
Pacheco reforçou que será um presidente com autonomia e independência, mas sinalizou em seu discurso de vitória que pautará reformas vistas como essenciais pelo Governo Federal.
“O andamento de reformas importantes e que dividem opiniões, como a reforma tributária, devem ser enfrentadas com urgência, mas sem atropelo. O ritmo dessas e outras reformas importantes deverá ser decidido em conjunto com os líderes e plenário desta Casa”, disse Pacheco em discurso.
Para o cientista político Cleyton Monte, pesquisador do Laboratório de Estudos em Política e Mídia da UFC (Lepem-UFC), as pautas do novo presidente do Senado passam por três frentes: recuperação econômica, vacinação e reformas.
“Pacheco é visto como uma figura de maior equilíbrio e mais aberta ao diálogo. É uma liderança que se diz preocupada com a saúde, o aumento da pobreza e ainda demonstra afinidade com as reformas do Governo Federal. Então penso que ele vai pautar temas vinculados a esses projetos”, explica.
Dentre os senadores cearenses que manifestaram-se após o resultado, Cid Gomes (PDT) disse acreditar na autonomia do novo presidente e desejou sorte. O pedetista declarara antes da votação que apoiaria Pacheco. “Acredito que ele marcará sua gestão por independência e por respeito às minorias que lá militam”, escreveu nas redes sociais.
O Senado Federal escolheu, por 57 votos, o senador @rpsenador para presidir os trabalhos no biênio 2021-2022. Desejo sorte ao senador e acredito que ele marcará sua gestão por independência e por respeito às minorias que lá militam. pic.twitter.com/cMM9S8OTJG
— Cid Gomes (@senadorcidgomes) February 1, 2021
Já Eduardo Girão (Podemos), apresentou publicamente seu voto na candidata Simone Tebet por acreditar que ela “reúne elementos para que a Casa tenha maior independência nos trabalhos”.