Presidente nacional do PDT, Carlos Lupi negou que o partido possa abrir mão da cabeça de chapa para que Ciro Gomes seja vice de algum nome do PSDB em 2022, mesmo que esse candidato seja o senador Tasso Jereissati.
"Não vejo nenhuma possibilidade", afirmou o pedetista sobre o rumor segundo o qual a legenda poderia ceder a titularidade da chapa para favorecer um eventual entendimento de centro com a sigla tucana.
No PSDB, Tasso foi apontado pelo presidente nacional Bruno Araújo como possível concorrente ao Palácio do Planalto. O senador não se manifestou sobre o assunto, mas, internamente, tem acompanhado esse "movimento" para convencê-lo a entrar na disputa, conforme relatou Araújo.
A presença de Tasso no cenário é interpretada como uma maneira de facilitar o diálogo e uma possível composição com Ciro, além de sinalizar para uma saída fora da polarização entre os governadores tucanos João Doria e Eduardo Leite.
Ambos ex-governadores do Ceará, Ciro e Tasso foram aliados por muito tempo, até o rompimento e posterior reconciliação. Com carreira política no mesmo estado, dificilmente ocupariam os postos principais numa chapa costurada com siglas de centro.
Os nomes de Tasso e o de Ciro, porém, vêm aparecendo juntos nas tratativas para a preparação de uma terceira via entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Legendas como DEM, PDT, Rede, PSDB, PSB e outras têm mantido conversas frequentes nesse sentido. Até agora, destacam-se, além do tucano e do pedetista, o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta e o apresentador de TV Luciano Huck, não filiado a partido.
3ª VIA
Partidos de centro e centro-direita têm discutido uma alternativa à polarização entre Lula e Bolsonaro. Entre os nomes, estão Ciro Gomes, Tasso Jereissati, Luiz Henrique Mandetta e Luciano Huck