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Cotado como presidenciável, Tasso não deve disputar prévias no PSDB
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Cotado como presidenciável, Tasso não deve disputar prévias no PSDB

| Eleições 2022 | Legenda tucana estuda lançar o senador cearense Tasso Jereissati à Presidência da República, conforme revelou o presidente nacional do PSDB em entrevista
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NOME do senador começou a ganhar mais força para 2022 no ninho tucano (Foto: AURELIO ALVES)
Foto: AURELIO ALVES NOME do senador começou a ganhar mais força para 2022 no ninho tucano

Cotado como candidato ao Planalto pelo presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, o senador tucano Tasso Jereissati (CE) não deve disputar prévias em outubro próximo, quando o partido escolherá seu representante nas eleições de 2022.

Em entrevista ao "O Globo" publicada ontem, o deputado federal e dirigente da sigla fez convite público para que o ex-governador do Ceará se apresente como nome possível para concorrer à Presidência no ano que vem.

"Dentro do PSDB, depois da própria provocação do Eduardo Jorge (em mensagem nas redes sociais no dia 13/4 em que defende a candidatura do cearense), começa um movimento muito forte de incentivo ao nome do senador Tasso Jereissati", disse Araújo.

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O parlamentar acrescentou ainda que, "recentemente, se intensificaram movimentos no sentido de convencê-lo a aceitar colocar o seu nome" e que o senador "enriquece muito o processo político nacional e transcende de forma definitiva o PSDB".

Araújo concluiu: "Fica aqui um convite público para que ele aceite esse chamamento".

Outros dois tucanos vêm medindo forças internamente para postular a cadeira de presidente como candidato do partido: os governadores de São Paulo, João Doria, e o do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite. Doria, todavia, tem enfrentado resistências pela impetuosidade, enquanto Leite, embora promissor, é visto como inexperiente.

A saída do meio seria, para os social-democratas, um político já calejado, com passagem por Executivo e Legislativo e dotado de capacidade para unir o campo do centro, inclusive estendendo pontes a partidos como o PDT do também ex-governador Ciro Gomes.

É nesse cenário que Tasso vem ganhando terreno. Segundo fontes do seu entorno, o senador não deve, porém, travar queda de braço dentro do PSDB para se cacifar como concorrente. "Ele só deve ser candidato se houver uma convergência no partido", disse uma fonte.

FORTALEZA, CE, BRASIL, 30-01-2020: Tasso Jereissati, Senador (PSDB) (Foto: Aurelio Alves/O POVO).
Foto: AURELIO ALVES
FORTALEZA, CE, BRASIL, 30-01-2020: Tasso Jereissati, Senador (PSDB) (Foto: Aurelio Alves/O POVO).

Um dos membros da CPI da Covid, o ex-governador terá holofote assegurado durante o período de funcionamento do colegiado, cujo objetivo é investigar eventuais omissões do Governo Federal no combate à pandemia.

Em entrevista exclusiva ao O POVO em março passado, Tasso acusou Jair Bolsonaro (sem partido) de cometer "crime contra a saúde pública" e defendeu a instalação imediata de uma comissão para apurar a conduta de autoridades no enfrentamento da pandemia.

"Sem dúvida nenhuma, um dos grandes culpados, ou talvez o maior culpado por chegarmos aonde nós chegamos é o Governo Federal", disse Tasso naquela ocasião.

"A CPI tem que mostrar ao presidente da República e seus seguidores e ministros que o que ele faz tem consequências para ele, não é só consequências para a população", arrematou o tucano.

Presidente estadual do PSDB, o ex-senador Luiz Pontes defende a candidatura do aliado. "A credibilidade de Tasso o torna um nome forte para disputar eleições. O PSDB tem outros nomes, mas, no atual momento, precisa de um que tenha a maturidade e a vivência de todos esses anos", argumentou.

"Está se desenhando", projetou o tucano, "que o Brasil tenha um candidato que possa unir os partidos e a oposição em torno do Tasso".

Deputado federal, Danilo Forte (PSDB) faz coro ao colega de partido. "Não tenho dúvida de que Tasso é melhor candidato do que Ciro Gomes tanto para o Ceará, pela experiência administrativa, como quanto também para formar uma unidade em torno do centro, numa alternativa à polarização que está aí", avaliou o parlamentar.

 

PSDB

Senador cearense, Tasso Jereissati presidiu interinamente o PSDB em 2017, quando Aécio Neves foi afastado da função após revelações de ligações com os irmãos Wesley e Joesley Batista

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