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Lula admite que será candidato em 2022 em entrevista à revista francesa
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Lula admite que será candidato em 2022 em entrevista à revista francesa

Ex-presidente fala pela primeira vez em enfrentar Bolsonaro na disputa pelo Palácio do Planalto no ano que vem
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LULA concedeu entrevista à revista francesa Paris Match (Foto: Miguel SCHINCARIOL / AFP)
Foto: Miguel SCHINCARIOL / AFP LULA concedeu entrevista à revista francesa Paris Match

O ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou pela primeira vez que é pré-candidato à eleição de 2022 após ter recuperado os direitos políticos por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). "Serei candidato contra Bolsonaro", disse Lula à revista francesa Paris Match.

"Se estiver na melhor posição para ganhar as eleições e estiver com boa saúde, sim, não hesitarei", disse o ex-presidente, questionado se será candidato no ano que vem.

"Penso que fui um bom presidente. Criei laços fortes com a Europa, América do Sul, África, Estados Unidos, China, Rússia. Sob meu mandato, o Brasil tornou-se um importante ator no cenário mundial, notadamente criando pontes entre a América do Sul, África e os países árabes, com o objetivo de estabelecer e fortalecer uma relação entre países do Hemisfério Sul e demonstrar que o predomínio geopolítico do Norte não era imutável."

Na última terça-feira, 18, Lula usou o Twitter para fazer afagos ao Centrão e até comentários elogiosos sobre adversários políticos, como Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Ciro Gomes (PDT). Também falou de bandeiras que defende para o Brasil, mas ainda sem citar uma eventual candidatura.

 

"Semana passada em Brasília falei com mais de 60 políticos, de vários partidos. Semana que vem vou conversar com os movimentos sociais, intelectuais e com o movimento sindical. Quero conversar muito. Quem faz política conversa. Dono da verdade, carrancudo, não serve para política", escreveu Lula.

Em abril, o STF decidiu derrubar as condenações impostas pela Operação Lava Jato ao ex-presidente. O plenário manteve a decisão do relator da Lava Jato, Edson Fachin, que considerou no mês passado que a Justiça Federal de Curitiba não era competente para investigar Lula, já que as acusações levantadas contra o ex-presidente não diziam respeito diretamente ao esquema bilionário de corrupção na Petrobras investigado pela operação.

Mesmo após recuperar seus direitos políticos, o petista, até então, evitava colocar-se como pré-candidato. O anúncio veio pouco tempo depois da divulgação da pesquisa Datafolha, no dia 12 de maio, onde Lula aparece com vantagem, marcando 41% das intenções de voto no primeiro turno, contra 23% de Bolsonaro. Na simulação de 2º turno, o petista marca 55% das intenções de voto contra 32% do presidente. 

Em entrevista ao programa Conversa com Bial, da TV Globo, FHC fez críticas a Jair Bolsonaro e disse que votaria em Lula em um eventual 2° turno entre o petista e o militar da reserva. Em relação à vantagem que vê de Lula sobre Bolsonaro, ele afirmou que o petista “faz uma ponte. E, em certas circunstâncias, é melhor ter a ponte do que alguém que derrube pontes".

 

 

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