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Domingos Neto diz que PSD vai defender lugar na chapa dos Ferreira Gomes no CE
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Domingos Neto diz que PSD vai defender lugar na chapa dos Ferreira Gomes no CE

| Jogo Político | O partido vai para a mesa de negociação do alto de um saldo positivo na eleição de 2020, com 28 prefeitos eleitos, atrás somente do PDT de Ciro e Cid Gomes
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DEPUTADO foi entrevistado pelos jornalistas Ítalo Coriolano, João Marcelo Sena e Carlos Mazza (Foto: BARBARA MOIRA)
Foto: BARBARA MOIRA DEPUTADO foi entrevistado pelos jornalistas Ítalo Coriolano, João Marcelo Sena e Carlos Mazza

No segundo programa Jogo Político, do Grupo O POVO, o deputado federal Domingos Neto (PSD) foi claro quanto às pretensões do PSD para a disputa eleitoral no Ceará em 2022. Embora tenha se afastado da projeção de nomes para as composições que se formarão mais à frente, adiantou que o PSD irá defender para si espaço na chapa majoritária, seguindo uma determinação não apenas estadual, mas nacional. 

A candidatura do governador Camilo Santana (PT) ao Senado Federal é dada como muito provável pela base aliada. Considerada esta hipótese - analisada como natural por aliados -, os espaços sobre os quais haverá negociação serão aqueles que dizem respeito ao Palácio da Abolição, ou seja, os das candidaturas a governador(a) e a vice-governador(a). 

"Por tudo o que construímos ao longo desses anos e ao longo também do resultado das eleições de 2020, o PSD não pode e não estará fora do debate majoritário de 2022", afirmou Neto, filho do ex-vice-governador Domingos Filho (PSD).

O PSD elegeu 28 prefeitos, tornando-se a segunda maior força partidária do Ceará, atrás do PDT, este com 66 vitórias municipais, inclusive em Fortaleza. É um número relevante na perspectiva da disputa estadual, quando a divisão do poder pelas cidades significa a quantidade de palanques em apoio a um ou outro postulante. 

Em entrevista recente ao O POVO, Domingos Filho, presidente estadual do PSD e pai de Domingos Neto, afirmou: "Vou lutar muito pra ser o que não fui." Referia-se ao Executivo estadual, alvo de suas pretensões políticas desde 2014, pelo menos, quando articulou abertamente para ser o escolhido do bloco dos Ferreira Gomes - assim como Zezinho Albuquerque. Mas o selecionado seria Camilo Santana. 

O caminho de Domingos Filho não é dos mais fáceis, pois, para viabilizar uma candidatura ao Governo Estadual dentro da aliança governista, terá de contornar alguns obstáculos. O principal deles atende pelo nome de Roberto Cláudio (PDT), ex-prefeito de Fortaleza tido como favorito para representar a situação. 

E ainda outros pedetistas como a vice-governadora Izolda Cela e Mauro Filho, secretário do Planejamento e Gestão e principal assessor econômico de Ciro Gomes - que sempre lhe cita entre os possíveis postulantes.

Domingos Neto disse a Ítalo Coriolano, João Marcelo Sena e Carlos Mazza, jornalistas de Política do O POVO, que o processo de tratativas se dará dentro do grupo. Ou seja, os espaços que forem conquistados terão sido consequência de entendimentos políticos com os atuais aliados.

Neto adicionou que essas conversas já ocorrem com Camilo e com o senador Cid Gomes (PDT), principal articulador político da coalizão. Sobretudo em 2022, quando Ciro, embora sempre escutado antes de definições, estará mais uma vez com foco voltado ao seu projeto político nacional.  

"Acredito também que é um processo de conquista e todos os players podem reconhecer os méritos e os direitos de o PSD estar pleiteando essa vaga na majoritária", comentou o parlamentar.

No plano nacional, Ciro Gomes tenta alianças ao centro e à centro-direita para ampliar o alcance de sua mensagem pelo País, sendo o PSD de Gilberto Kassab uma das agremiações cobiçadas pelo trabalhista. Ao longo do programa, porém, Neto reforçou aos entrevistadores a tendência mais forte nas fileiras do PSD atualmente, a de que o partido tenha um candidato a presidente em 2022.

Atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) é sondado pela legenda. Segundo explicou Neto, o fim das coligações para os Legislativos inspiram os partidos a apresentarem candidaturas ao Executivo.

"Os partidos apenas parlamentaristas, digamos assim, que não têm candidatos majoritários e ficam só lançando candidatos a deputado, vão ter dificuldades nesse modelo eleitoral. Então, a decisão do partido de lançar candidato a presidente vai muito além da composição política para 2022. Vai na estratégia de que o PSD veio para se firmar como uma opção ao eleitor nacional de centro. Centro sem ser centrão", disse.

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