Ainda com o futuro político em aberto, o governador Camilo Santana (PT) confirmou ontem que deve concorrer a uma vaga no Senado. Questionado pelo O POVO se vai disputar cadeira de senador no ano que vem, Camilo respondeu que “há uma tendência nesse sentido”.
No entanto, o governador ponderou que “tudo será definido no momento certo”, evitando bater o martelo agora. Se decidir entrar na briga pela vaga no Senado, o chefe do Executivo terá de se desincompatibilizar até abril de 2022. Com sua eventual saída, assume o governo a vice, Izolda Cela (PDT).
Izolda é hoje uma das cotadas dentro do partido para postular a sucessão de Camilo, ao lado do ex-prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio, do secretário Mauro Filho e do presidente da Assembleia Legislativa do Ceará (AL-CE), Evandro Leitão.
Em entrevista ao O POVO no fim de junho, o deputado federal José Guimarães disse que, “se depender do PT, do presidente Lula e da direção nacional, Camilo será candidato a senador do PT”.
Para ele, como candidato, o governador teria a missão de se tornar “a expressão máxima” da legenda na disputa do ano que vem no estado.
“A nossa posição é que ele tem que concorrer ao Senado. Tivemos recentemente uma reunião com várias lideranças do PT. Nós levamos a ele (Camilo) o nosso desejo de que ele seja a expressão máxima do palanque do Lula aqui no Ceará com sua candidatura ao Senado”, enfatizou Guimarães.
Nessa hipótese, e caso PT e PDT se mantenham aliados no plano local, Camilo tentaria se dividir entre os palanques petista, com Lula como candidato a presidente da República, e pedetista, com Ciro Gomes como concorrente.