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"Não estamos criminalizando ninguém", diz Evandro Leitão
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"Não estamos criminalizando ninguém", diz Evandro Leitão

Presidente da AL-CE
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Evandro Leitão é presidente da Assembleia Legislativa do Ceará  (Foto: Júlio Caesar / O Povo) (Foto: JÚLIO CAESAR)
Foto: JÚLIO CAESAR Evandro Leitão é presidente da Assembleia Legislativa do Ceará (Foto: Júlio Caesar / O Povo)

O presidente da Assembleia Legislativa, Evandro Leitão (PDT), afirmou ontem que a instalação de CPI para investigar o financiamento de associações de policiais e bombeiros militares não criminaliza, "de forma alguma", as categorias nem as entidades alvo das apurações.

"Não queremos aqui estar criminalizando absolutamente ninguém. De forma alguma, até temos uma compreensão de que a grande maioria dos policiais militares, tanto quanto dos bombeiros militares, enfim, de todos os servidores de órgãos de segurança, são pessoas que dignificam a sua farda, as suas missões", disse Evandro, logo após sessão de ontem.

Porém, termina tendo um ou outro que mancha a corporação. E é nessa perspectiva que nós queremos instaurar a CPI, e que se investigue todas as atuações que tiveram. E é importante repetir: temos a absoluta certeza de que a maioria dos policias, bombeiros, são pessoas sérias, honestas e trabalhadoras. É nessa perspectiva que estamos", diz.

Destacando que não fará parte da CPI, o deputado evitou antecipar quais procedimentos investigativos devem ser adotados primeiro pelo grupo. Durante a sessão de ontem, no entanto, diversos parlamentares destacaram como consenso que deverão ser requisitadas as quebras de sigilo envolvendo pessoas físicas e entidades já aprovadas na Justiça e revelados pelo O POVO em reportagem da última segunda-feira, 9.

"Algumas dessas associações receberam sozinhas mais que vários municípios do Ceará receberam do FPM (Fundo de Participação dos Municípios). Ou seja, tudo que elas tinham para gastar em educação, saúde, segurança", disse Marcos Sobreira (PDT).

Para o deputado Renato Roseno (Psol), no entanto, a instalação do grupo é um "erro estratégico". "Essas associações são diversas e importantes para esse pessoal, muitas vezes são grandes prestadoras de serviços até. Aí não dá para colocar tudo em uma coisa só. Há risco alto de só jogar essas tropas contra o governo e contra a Assembleia", destaca. 

 

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