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Moro diz que rivais "estão abraçados com a impunidade"
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Moro diz que rivais "estão abraçados com a impunidade"

Ex-juiz defendeu que é o único pré-candidato que tem credibilidade para defender discurso anticorrupção
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MORO quer captar eleitor do Nordeste, 
 (Foto: EDUARDO MATYSIAK / AFP)
Foto: EDUARDO MATYSIAK / AFP MORO quer captar eleitor do Nordeste,

O presidenciável do Podemos, Sergio Moro, afirmou ontem que os demais pré-candidatos ao Palácio do Planalto estão "abraçados com a impunidade". Segundo o ex-juiz, apenas ele tem questionado recentes decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) que impuseram derrotas à Operação Lava Jato.

"Eu tenho sido a única voz crítica à anulação (de condenações) entre os outros candidatos, eles estão abraçados com a impunidade e com esse modelo de corrupção", declarou o ex-juiz federal durante entrevista à rádio Jovem Pan.

Em abril de 2021, o STF declarou a parcialidade de Moro ao condenar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na ação do triplex do Guarujá. Responsável por essa e outras condenações na Lava Jato, o pré-candidato voltou a defender sua atuação como juiz.

"A gente precisa resgatar aquele espírito da Lava Jato que, no fundo, é a construção de um país mais justo, que ninguém está acima da lei. Esse discurso é o meu discurso. Nenhum outro desses pré-candidatos tem esse discurso porque eles não têm a credibilidade para oferecer isso", afirmou. Disse também considerar as decisões do STF um "erro judiciário" e reforçou que a Corte não decretou a inocência de Lula.

Sobre a composição do Supremo, o pré-candidato afirmou que, se eleito, vai indicar magistrados de carreira para o tribunal. "Quero um firme compromisso com a legalidade, um juiz que tenha aquela visão de que existe o império da lei e que o império da lei é importante para democracia", disse.

"Que sejam juízes que respeitem os direitos humanos, os direitos fundamentais, mas que tenham um firme compromisso com o combate à corrupção e àquilo que está errado no nosso país."

Na entrevista, Moro atribuiu ainda o aumento dos preços dos combustíveis a uma "má política econômica" do Governo Federal. "Não faço uma crítica pessoal a ninguém. É uma constatação objetiva, o governo falhou na política econômica", afirmou.

Para ele, "não se pode submeter a economia à política partidária". "É o que está fazendo o governo atual quando transfere poderes do ministro da Economia para o ministro da Casa Civil."

Já em sua conta no Twitter, Moro falou sobre presidente do PL, Valdemar Costa Neto, emplacou o ex-petista José Gomes da Costa no Banco do Nordeste (BNB). "Ajustam-se os interesses, o discurso e pronto. Sem liderança e projeto, o País permanece refém de interesses pessoais ou partidários. Ou mudamos isso ou não há governo que funcione", escreveu o ex-juiz. (Agência Estado)

 

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